Wagner Moura foi o convidado do Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (01), e soltou o verbo contra o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Questionado por Chris Maksud, o ator reagiu furioso contra o aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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“Eu queria pegar uma fala do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que é horrível de reproduzir, mas vou reproduzir. Ele fala que a cinebiografia é um filme racista por chamar cada homem preto honrado de Brasil de marginal ao escalar um ator preto para um papel de psicopata comunista. Eu queria que você comentasse”, afirmou a jornalista.
Wagner Moura, então, declarou: “Eu não vou comentar. Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo. Nem esse cara, nem aquele outro cara da secretaria de Cultura, porque não respeito”.
“A gente precisa escolher os combates que a gente tem que combater. Não posso comentar uma frase dessas. Não consigo responder”, completou o artista, que é o responsável pelo filme Marighella.
Na sabatina, ele ainda relembrou o sucesso e a repercussão do filme Tropa Elite e discordou do rótulo de “filme de direita”.
“Eu discordo totalmente disso, eu não posso controlar o que as pessoas acham do filme, nós fizemos um filme que é um estudo de como é a polícia no Rio de Janeiro, de como ela é assassina”, afirmou o artista.
O ator também comentou que o segundo filme é um longa-metragem que fala sobre as milícias no Rio de Janeiro. Neste momento, então, ele lembrou que milícia sempre foi elogiada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos.
“Eles possuem relação profunda com a milícia do Rio de Janeiro”, declarou o convidado do programa, que, em outros momentos, também detonou o presidente.
Questionado pelo jornalista Marcos Augusto Gonçalves, Wagner Moura falou sobre a comunidade evangélica no Brasil. Ele afirmou que essa é uma religião muito grande no país e não pode ter uma generalização de que todos são apoiadores do político.
“O campo evangélico é muito amplo. Dizer que todos apoiam Bolsonaro é errado. Os evangélicos progressistas precisam lutar por espaço”, analisou ele. Ao longo de sua resposta, ele lamentou que alguns “vendidos que não honram a história de Jesus” consigam influenciar em uma massa de evangélicos mais pobres.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]