A Globo está sendo alvo de um novo processo. Um homem está pedindo indenização após ter a sua prisão mostrada em imagens de reportagem no Fantástico e reexibida pela afiliada TV TEM, em 2020.
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Segundo informações do Splash, ele tenta receber uma indenização de R$ 160 mil. No momento em que ingressou com a ação, em agosto de 2020, ele se encontrava preso pelos crimes de estelionato e corrupção.
O ex-escrevente técnico judiciário destacou que foi indevidamente colocado como cúmplice da “Operação Alquimia”, da Polícia Federal, ao ser acusado de abastecer a quadrilha com informações privilegiadas a respeito do processo.
Na Justiça, o homem cita que não foi investigado nessa operação e menciona que as imagens de sua prisão foram gravadas por policiais, que o abordaram enquanto se encontrava deitado. Na época, após cumprimentá-lo, os agentes disseram: “Você tem um mandado de prisão contra você”.
Na ação contra a Globo, o ex-preso, então, considerou a exibição desse momento como “irrazoável”, pois diz jamais ter sido investigado, denunciado ou condenado pelos delitos de extorsão, organização criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro como os réus da investigação.
Em sua defesa, a emissora carioca enviou contestação dizendo que as alegações do exequente são deturpadas e cita que ele foi preso pelo crime de corrupção passiva e estelionato, em processo que encontra-se em segredo de Justiça.
“A despeito de reconhecer estar preso e já ter sido condenado em 1º grau por diversos crimes, insiste que a reportagem o teria associado à operação de forma inverídica e sensacionalista. Nenhuma indenização cabe no caso concreto”, declarou o canal.
A Globo ainda salientou que a reportagem tinha inegável interesse coletivo e cunho informativo, amparada por fontes oficiais asseguradores da consistência material das informações narradas.
O ex-escrevente ainda tenta recursos no processo. O último foi apresentado em setembro do ano passado.
Globo é condenada após matéria no JN
Em janeiro, a Justiça de São Paulo deu ganho de causa para uma família que processou a Globo por causa de uma matéria exibida no JN envolvendo o óbito de um senhor vítima do coronavírus no ano passado, no início da pandemia.
Aos 63 anos, J.P era morador de uma cidade no interior paulista e morreu em abril de 2020. Dias depois da sua morte, o telejornal da Globo colocou no ar uma matéria sobre a região e tratou do tema.
Segundo o UOL, o processo foi aberto pela viúva e os filhos do veterano. Eles sofreram represálias nas ruas por causa da reportagem. Na ação, o advogado deles informou:
“Os autores [do processo] foram alvos de especulações e discriminação, principalmente em estabelecimentos de uso rotineiro como banco, lojas e mercados, já que as pessoas cochichavam entre si e se afastavam deles, devido ao medo da doença”.
A defesa ressaltou que nenhum membro da família autorizou o uso da imagem do senhor de idade. “É um direito dos requerentes não querer ver a imagem do ‘pai da família’ ser exposta e vinculada a esse tipo de situação, devendo ser respeitadas a intimidade e a privacidade”, destacou.
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