Alok lança música após experiência com indígenas e revela o que viveu

Alok

Alok lançou a música Meu Amor com Ixã (Imagem: Divulgação)

Alok, que já tem uma história de luta pelos direitos do povo indígena, resolveu lançar a música Meu Amor, em parceria com o cantor Ixã.

A canção faz parte de um projeto realizado pelo DJ, em uma imersão de 45 dias, convivendo em 12 tribos diferentes. O single é resultado da experiência do artista ao consagrar o chá Ayahuasca.

Em conversa com a Quem, o famoso contou: “Já tinha tomado antes algumas vezes. Faço esse ritual de uma a duas vezes por ano. Nesse trabalho que estava fazendo com 12 povos indígenas, toda vez que eu chegava na tribo, eles queriam fazer uma cerimônia de abertura, para abrir o campo e se conectarem. E quando ia embora, também queriam fazer para encerrar aquele ciclo ali. Então, você imagina quantas vezes eu não passei por essa experiência? Em 45 dias, fiz muitas vezes”.

“Mas nessa com Ixã foi de uma forma muito diferente, para me conectar com a atmosfera deles. Foi uma cerimônia muito mais comemorativa, para ouvir os cantos deles. Quando escutei ele cantando, parecia que eu estava no céu”, recordou.

Ixã, que também estava na entrevista, acrescentou: “A forma como eu estava me sentindo, nunca havia acontecido antes na minha vida, Estava tão bem, tão leve. Fiz a música pela música e cantei por cantar. Peguei o violão e cantei”.

Em seguida, o cantor explicou um pouco do ritual: “Cada povo indígena faz a cerimônia de uso do Ayahuasca de uma maneira diferente. No que meu padrasto faz, rola uma fogueira, por volta de meia-noite. Primeiro passa uma rodada com as medicinas que se chamam rapé”.

“Depois, começam os instrumentos que se chamam maraca, que parece um chocalho e em seguida servem o chá e acontecem os minutos dedicados à concentração. Você tem que pensar no seu propósito com a planta. Depois acontecem os cantos que duram a noite toda”, disse o jovem, que não é indígena, mas vive com o povo Huni Kuî, no Acre.

Alok revela propósito

Com o intuito de desmitificar os costumes indígenas e dar voz a eles, o DJ afirmou: “Foi total uma transformação através da música. Com a visão um pouco mais técnica e profissional, esse álbum inspirado nas raízes indígenas, não é para mim. É para ele ser uma forma de instrumento para eles serem ouvidos. Você não precisa entender a língua para ser tocado pela música”.

Da Redação
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