Juan Patric Reis, ex-assessor de Pâmella Holanda, acusou a influencer de assédio e homofobia. Nos Stories do Instagram, o profissional contou que abriu um B.O. contra a famosa e contou o que viveu.
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Na rede social, Juan ainda expôs áudios ofensivos que a famosa disparou contra ele. “Trabalha direito, faz as coisas direito, deixa de mimimi, deixa de drama, eu sei que tu é gay e tudo mais, mas tenha postura de homem, porque isso aqui não dá”, disparou a loira em um arquivo exposto.
Pâmella, que ficou muito conhecida ano passado, quando foi vítima de agressão por DJ Ivis, seu então esposo, declarou ainda: “Quando você for chamar pra emprego, pra qualquer coisa que tem, em meu nome, honra pelo menos o p** que você tem no meio das tuas pernas, porque tu é viado, mas tu usa ele, honra pelo menos o chão que tu pisa e honra o pão que Deus coloca dentro da sua boca (…)”.
Em seguida, Holanda ainda disse para Patric: “Siga sua vida, tenha moral pra falar de mim porque eu tenho muito mais merd* pra falar de ti do que tu, pra falar de mim. E não só eu não, a agência todinha. Porque eu tava a semana inteira querendo que voltasse pra buc** do emprego pra tu fazer alguma coisa, porque eu achei que tu merecia alguma chance, mas não merece não. Então fique de boa, meu amigo”.
“E ó, me esqueça, faça suas coisas, vá ser assessor de quem quiser, mas se eu sonhar que você falou um ‘a’ do que viu, ouviu, sentiu ou percebeu dentro da minha casa com a minha filha, com qualquer coisa, com os conflitos que eu vivo com a minha filha, quem tem a perder é você. Eu não tenho a perder, não. Eu tô lhe colocando no seu canto que era pra você estar há muito tempo”, completou.
Ex-assessor de Pâmela Holanda abre o coração
Nos Stories, o profissional ainda desabafou em um texto: “Eu, Juan Patric, venho por meio dessa rede social me pronunciar acerca da denúncia que fiz! Não foi e nem está sendo fácil trazer isso a público, pois compreendo que estou denunciando alguém por crimes graves e que poderá gerar consequências sérias para a minha vida pessoal e profissional”.
“Essa decisão também foi difícil por se tratar de uma figura pública que certamente tem algum poder aquisitivo. Porém, mesmo com tudo isso em mente, mediante a esse fato, não posso me calar, E NEM VOU! Seria hipocrisia da minha parte, uma pessoa que defende e faz parte do movimento LGBTQIA+P, abafar um caso como esse. Nada compra o meu silêncio. Por isso, estou aqui hoje para confirmar tudo que foi exposto nessa denúncia”, afirmou Reis, que seguiu com seu comunicado:
“Hoje me encontro com meus maiores medos e fragilidades escancarados a todos vocês. Ainda tenho medo de que alguém não acredite em mim, mas, independente se você acredita ou não, isso acontece diariamente e aconteceu comigo. A gente nunca imagina que algo assim pode acontecer com a gente. E quando acontece, até demora pra ficha cair”.
O ex-assessor de Pâmella Holanda ainda incentivou pessoas a denunciarem casos como esses: “Quero dizer a todos vocês que passam ou já passaram por algo do gênero, denunciem! Não se calem! Não vou dizer que é fácil, porque não é. Pessoas vão te abandonar no processo, ‘amigos’ vão se afastar por medo de sofrer danos colaterais. Mas não deixem de denunciar! Só você sabe onde dói, só você sabe o esforço que terá que fazer para superar tudo isso”.
“Não deixe que isso se perpetue a outras pessoas. E, um dia, nós poderemos ser quem somos, sem medo, sem que pessoas usem disso para nos menosprezar, nos humilhar, fazer com que nos sintamos menor do que os gigantes que somos. Eu faço isso por mim e por todos. Peço também oração para que eu consiga sair dessa situação ainda mais forte do que já sou. Estou hoje me sentindo amedrontado, e diagnosticado com crises fortes de ansiedade e inícios de crise de pânico. Estou à base de medicamentos ansiolíticos para poder adormecer e esquecer um pouco. E nem isso tem resolvido”, lamentou.
“Mas tenho confiança que a Justiça será feira, e acima de tudo a Justiça de Deus! Ela pode tardar, mas não falha. Não se clame! Não guardem isso só para vocês! Uma feriada pode ser curada, mas nunca esquecida, sempre haverá uma cicatriz para lembrá-la. LBQTIAPN+, não se calem! Procurei a polícia, fiz um BO, o escrivão não me levou a sério, cadê os direitos LGBT? Sofri assédio no local de trabalho, sofri homofobia, sofri violência de todas as formas, não consigo dormir, estou com medo”, finalizou.
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Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. É especialista das editorias de Famosos, Moda e Televisão. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.