Pantanal, atual novela das nove da Globo, se tornou uma febre na TV aberta, com um recorde de audiência atrás do outro, na internet, por meio da repercussão de cada cena e, mais recentemente, por meio da plataforma de áudio Spotify.
VEJA ESSA
De acordo com o serviço, foram criadas nada menos que 1.582 playlists relacionadas ao folhetim nos últimos 90 dias, algo impressionante para uma produção do gênero no país.
Entre as canções de ouvintes até o final de abril, o público mostrou paixão por Boiada, de Almir Sater (438%), Como Dois Animais, de Alceu Valença (230%), Vaqueiro de Profissão, de Jair Rodrigues (95%) e The Passenger, de Iggy Pop (29%.
De cara, o público se apaixonou pelas composições nacionais, um dos destaques do remake de Pantanal, que nesta semana bateu recorde de audiência em São Paulo desde a sua estreia, em 28 de março, com 32,8 pontos de média e 33,8 pontos de pico.
O número foi maior do que toda a apresentação de Um Lugar ao Sol, novela que antecedeu o folhetim escrito por Benedito Ruy Barbosa e adaptado pelo neto, o autor Bruno Luperi.
Autor de Pantanal fala sobre o enorme sucesso da novela
Em recente entrevista ao jornal O Globo, Bruno Luperi falou sobre o sucesso da trama. “É muito bom poder fazer Pantanal com meu avô vivo e lúcido (Benedito tem 91 anos). Ele fala que é a primeira novela a que ele assiste, de fato, como público, e está gostando”, celebrou.
“Mas essa falta de controle é uma sensação nova para ele. Pelas nossas conversas, acho que ele viveu muitas angústias”, confidenciou ele, que contou sobre um certo dilema para a escola da atriz intérprete de Juma Marruá:
“Sobre (a escolha da atriz para interpretar) Juma, falei: ‘A Juma que você está querendo é mais velha, muito conhecida. A personagem é uma onça, vive no meio do Pantanal, duas esquinas depois do fim do mundo. Não pode ser um rosto muito grande. Ela é uma menina na flor da idade’. Eram convicções que ele tinha com algumas pessoas, eu com outras”.
“Alguns personagens eram menores há 30 anos. Hoje ganham outro peso. Estamos sentindo isso em relação a Maria Bruaca. Há um olhar mais sensível para o papel da mulher, sobre o que é o machismo, uma relação tóxica”, salientou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].