Walter Casagrande afirmou que se sentiu isolado dentro da Globo e que suas críticas perderam eco entre os colegas. O comentarista saiu do canal oficialmente na última quarta-feira (6), mas o “divórcio” começou muito antes. Até Neymar e a Seleção Brasileira provocaram a situação.
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“Hoje, não só a Globo, quase todos os lugares ficam pautados em cima das redes sociais”, contou em entrevista ao UOL Esporte. “A rede social é uma guerra lá dentro, as pessoas e emissoras estão preocupadas com seguidores e pessoas que falam de um determinado assunto popular demais”, avaliou.
Casagrande contou que criou gosto em se colocar contra a homofobia, machismo, assédio sexual e estupro e deu como exemplo o caso Robinho: “Tem jogador que estuprou uma menina, o Robinho, e tá na praia, no Guarujá”.
O ex-jogador deixou claro que “o mundo está desse jeito” e que a questão “não é da Globo”. O comunicador salientou que o seu caminho de separação com a emissora começou quando notou que suas posições “não tinham mais eco de companheiros”:
“Antes existia continuidade no meu posicionamento, na minha crítica, e não tinha mais esse eco. Vocês escreviam o que eu falava, as minhas críticas, externamente se falava isso, mas internamente não. Eu acho que no final pesou paro meu divórcio, não é uma crítica porque as pessoas não são obrigadas a serem iguais. Isso é coisa minha”.
Casagrande confessou que se sentiu deslocado e isolado, mas ponderou que as ações não foram provocadas por um complô. “As mudanças foram acontecendo e no meu modo de ver tudo é uma coisa muito profunda”, avaliou.
Casagrande fala sobre críticas a Neymar e relembra episódio
Um dos pontos fortes de Casão em seus comentários foi seu compromisso com a realidade. Neymar foi um exemplo dado por ele. Certa vez, o título de “mimado” dado por ele ao craque causou uma guerra. “Caiu o mundo”, recordou. “Como se mimado fosse agressão”, continuou.
Casagrande confidenciou ser uma pessoa mimada. “Não tenho vergonha nenhuma, mas aprendi a ser mimado de forma mais objetiva. Tenho o lado mimado, mas isso não interfere no meu dia a dia. Eu sou mimado, mas falo, me posiciono e participo”, argumentou.
Sobre a seleção, o ex-Globo disse que em 2019 perdeu espaço nas transmissões. “Mas não posso falar com provas que foi isso. É escolha, perfil. Talvez a direção de esporte não queira alguém crítico e polêmico, talvez eles até queiram alguém que critique mas de forma mais branda. E eu não sou brando”, reagiu.
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