A morte de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, no final de semana, chamou a atenção de políticos e também de famosos, que repudiaram a atitude violenta do policial bolsonarista que invadiu a festa de 50 anos do militante. Luciano Huck, por exemplo, lamentou a tragédia e falou sobre democracia.
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“Diante desta tragédia, só consigo pensar nas crianças que perderam os pais de um jeito tão brutal. Democracia exige tolerância, civilidade e respeito no dissenso. Quando antagonismos políticos matam, morre junto o ideal democrático”, disse o apresentador do Domingão com Huck, da Globo, no Twitter.
Ainda na rede social, o comunicador também escreveu que “até para discordar, precisamos saber ouvir”. “Sem isso, retrocedemos à barbárie. Temos a obrigação de entregar um Brasil melhor do que recebemos. E isso só será possível com diálogo, união e consenso”, completou.
A postagem de Luciano Huck acabou dividindo opiniões entre os seguidores. Um internauta criticou a postura do global: “É difícil demais chamar as coisas pelo nome, né Luciano. Um sujeito estava em casa, com os amigos e família e teve a casa invadida por alguém vociferando ódio. Um apoiador de Bolsonaro fez isso. Que está vivo, no hospital, inclusive. Foi terrorismo, não tem antagonismo aí”.
“Quando vejo pessoas querendo justificar um ato brutal, vejo o quanto estamos longe da humanidade. Não existem antagonistas políticos, existe uma vítimas e um assassino. Queremos justiça, mas a impunidade está tão presente que parece ser o resultado nesse caso”, comentou outro.
Até pra discordar, precisamos saber ouvir. Sem isso, retrocedemos à barbárie. Temos a obrigação de entregar um Brasil melhor do que recebemos. E isso só será possível com diálogo, união e consenso.
— Luciano Huck (@LucianoHuck) July 10, 2022
Além de Luciano Huck, outros famosos falam do caso
Na mesma rede social, José de Abreu, notório militante do PT, relembrou uma fala de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, na qual ele levantou o tripé de uma câmera e a empunhou como um rifle para gritar “vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre” para apoiadores.
“O ‘vamos fuzilar a petralhada’ começou em Foz”, escreveu o ator, que estará em Mar do Sertão, próxima novela das 18h da Globo.
Antonio Tabet também lembrou do mesmo episódio. “O responsável é o irresponsável”, postou ele ao compartilhar o vídeo, levantando ainda a hashtag “BolsonaroMata”.
“Nenhuma violência se justifica. Mas não há paralelo. O presidente não pode dizer que ‘vamos metralhar a petralhada’, sugerir que a vacina causa Aids, vender o ódio”, disse ainda. “Banalizamos a irresponsabilidade. A liturgia do cargo morreu. Nossos maiores exemplos são os piores exemplos”, completou.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]