Pastor garante e faz relato sobre como Igreja Universal o obrigou a fazer vasectomia

Igreja Universal

Religioso coloca Igreja Universal na Justiça após ser obrigado a fazer procedimento cirúrgico (Imagem: Reprodução / IURD)

Pastor com passagem pela Igreja Universal, Maurício dos Santos Bonfim cobra uma indenização de R$ 100 mil por tê-lo obrigado a fazer uma vasectomia, cirurgia que impede o homem de fazer filhos.

O religioso tem em seu currículo o cargo de pastor responsável por três templos da instituição na cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo. Bonfim faz parte da história da IURD por um trabalho ao longo de 10 anos.

No processo, segundo o UOL, o ex-integrante da igreja afirma que promoções dentro da empresa só foi possível com a condição de realizar o procedimento. Quem rejeita a ideia dos bispos, segundo o próprio, é passível de punição, como retirada de cargo, perda de regalias e ajuda de custo.

Bonfim afirma que “passa a ser considerado como mau exemplo” quem diz não para o desejo da Igreja Universal. A exigência é por uma questão econômica por conta do custeio da instituição na vida da família pastoral.

“O interessante para a Igreja é que a família pastoral se resuma ao homem, pastor, e a sua esposa, obreira”, explica. O pastor surpreende e garante que o procedimento foi feito de forma clandestina, sem registro médico.

Maurício dos Santos está fora da igreja desde 2020, após um episódio em que o próprio elogiou uma mulher por ter denunciado a conduta de um dos membros da entidade. “Tal elogio foi caracterizado como um adultério”, diz em juízo.

Tanto ele quanto a esposa, Bianca Bonfim, foram despejados do apartamento e perderam o carro, ambos custeados pela Igreja Universal. O rival da Universal conta que conseguiu “retirar a venda dos seus olhos” após ser “induzido e coagido moralmente” pela igreja.

Igreja Universal se defende da acusação

Na defesa, a Universal argumenta que a acusação é falsa: “Alegar que a entidade pratica, sob assédio moral, esterilização em massa, nada mais é que praticar a intolerância religiosa de forma velada, de alguém que não mais congrega dos mesmos preceitos religiosos e litúrgicos, e que não respeita a religião alheia”.

A instituição salienta que “em nenhum momento, a entidade impõe qualquer tipo de condição para que seus ministros religiosos realizem a cirurgia de vasectomia”.

Da Redação
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