A Band recorreu a um velho conhecido para evitar uma lista de demissões.
VEJA ESSA
Em vez de promover cortes nas equipes de produtos deficitários, como o 1° Jornal, Bora SP e Bora Brasil, a emissora acertou a volta de R.R. Soares e alguns milhões ao seu caixa – fala-se em algo entre R$ 3 e 4 milhões mensais.
Desde a última segunda-feira (1°), o Show da Fé ocupa um naco na faixa matutina, tirando tempo de Joel Datena – a coluna apurou que o apresentador não reagiu bem às mudanças, buscando o apoio do pai.
No quesito audiência, o estrago foi amenizado. No ar das 6h às 8h, o teleculto anotou 0,2 ponto de média com pico de 0,4, ante 8,2 da Globo, 2,7 do SBT e 2,4 da Record. Empatou com a Cultura, mas venceu a RedeTV! (0,1) e a Gazeta (0,0) – não que isso seja alguma coisa. Dados consolidados.
Na sequência, entre 8h e 9h27, o filho de José Luiz Datena quadruplicou os índices da Band com o Bora Brasil, a saber: 0,8 de média com pico de 1,2, contra 9,4 da Globo, 3,6 da Record, 3,2 do SBT, 0,7 da Cultura, 0,1 da RedeTV! e 0,0 da Gazeta.
À primeira vista, as maiores beneficiadas do fim do Bora SP foram a Globo e a Record, nessa ordem. Não que a Band tivesse grande plateia por ali. Perdeu algo como 0,7 ponto de média.
Obviamente, essa fuga de audiência não fará tantos estragos na média-dia. Mas a contrapartida foi necessária, dadas as dificuldades que as emissoras têm enfrentado nesse semestre. A grana do pastor vai evitar cortes e famílias afetadas.
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].