Record vira “assessora” de Bolsonaro no 7 de Setembro e ignora desabafo de Lula

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Bolsonaro é estrela de edição da Record no 7 de Setembro (Imagem: Reprodução / Record)

Entre os canais de TV aberta, a Record foi quem mais valorizou a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) na cobertura do 7 de Setembro. Por meio do Jornal da Record, o canal do bispo Edir Macedo deu palanque ao político. O ex-presidente Lula (PT), por sua vez, foi esnobado.

Em nenhum momento, o telejornal do canal paulista citou que o chefe do Executivo deixou de lado o protocolo em nome da sua campanha à reeleição.

Mais do que isso, deixou de lado situações terríveis, como o momento que ele apostou no machismo contra Janja, esposa de Lula, ou quando incentivou o coro “imbrochável”.

Record esconde críticas de políticos contra Bolsonaro

Além disso, o Jornal da Record não mencionou as críticas que os outros candidatos ao Palácio do Planalto fizeram contra Bolsonaro.

Ciro Gomes, do PDT, Simone Tebet, do MDB, e Lula, que foi deixado para escanteio na edição, sob o argumento de que não teve agenda. Na escalado telejornal, Ciro, Tebet e até Felipe D’Ávila, do Novo, foram destacados, mas Lula não apareceu.

SBT e Band não colocaram no ar os momentos mais críticos do dia, mas citaram os candidatos que detonaram a postura do presidente Bolsonaro. Os telejornais dos dois canais ainda destacaram que toda a situação seria judicializada.

O Jornal Nacional, por outro lado, deixou claro que Bolsonaro usou o dia de comemoração nacional para promover sua própria reeleição e que o caso foi para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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Paulo Carvalho
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Paulo Carvalho

Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].