Intérprete do Ítalo em Cara e Coragem, Paulo Lessa ganhou o título de galã, mas admitiu que demorou para se enxergar assim.
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Em conversa com o Gshow, o ator refletiu sobre como o preconceito está tão enraizado e por isso não conseguia se ver como um homem bonito.
“Demorei tanto pra me aceitar como um cara bonito, de me descobrir como um cara bonito. Eu não me via como um padrão de beleza, porque os estereótipos reforçados eram outros. Imagina se na época que eu era adolescente o galã da novela era um cara negro de cabelo dread? Não era”, analisou.
O artista, que afirmou que atualmente está podendo ser esse cara, ainda celebrou a importância de ser um protagonista negro e como isso mexe com os sonhos de muitas pessoas.
“As novelas formam o nosso imaginário há anos. Estou fazendo parte de uma história que quebra muitos estereótipos: você tem uma família negra milionária, tem um personagem como o Ítalo – um cara de dread, um protagonista negro –, totalmente fora dos padrões que tinham sido estabelecidos pra gente”, refletiu.
Paulo Lessa ainda lembrou que antes o cabelo dread era associado a algo “sujo”, e que agora seu personagem é um homem de poder aquisitivo.
“Com uma carreira internacional, um apartamento lindo, um carrão, ele se veste superbem. Tem muita gente que me manda mensagem dizendo que vai fazer o cabelo dread por causa do Ítalo. Eu vejo o poder transformador que tem você olhar um protagonista negro“, pontuou.
Paulo Lessa fala sobre Lucy Alves
Em seguida, o artista também comemorou a presença de Lucy Alves em Travessia.
O global frisou a importância das pessoas nordestinas se verem nas telas.
Paulo Lessa declarou que não é possível retratar o Nordeste com “uma cara sueca”.
Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. É especialista das editorias de Famosos, Moda e Televisão. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.