A Record apostou suas fichas no escuro para 2023 e colocou em poder da Igreja Universal do Reino de Deus a galinha dos ovos de ouro de qualquer emissora de TV do país: as suas novelas. O canal do bispo deu para a instituição religiosa o comando da sua Dramaturgia.
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Com a decisão, o canal paulista deixou o posto de produtora e exibidora para apenas compradora de capítulos já prontos, segundo o Notícias da TV. A sexta temporada de Reis entrou como a cobaia da nova fórmula de trabalho.
Record pensa no dinheiro em mudança histórica
A mudança foi colocada em prática visando o lado financeiro. Sobre comando e supervisão, nada mudou nos interiores da Record. Todo o trabalho não deixou a mesa de Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, dono do canal e líder da IURD, ou da produtora Casablanca, responsável por toda a parte técnica e produção.
Com a iniciativa, a emissora ganhou na questão da redução de custos e na possibilidade de registro de lucro. Paralelo a isso, um problema: a visão do mercado com a mudança, com iminente rejeição de uma marca mais “aberta” quando souber que as novelas serão assinadas pela igreja e não pela Record.
A nova temporada de Reis não ganhou uma data de estreia, mas as gravações foram marcadas para a partir de 3 de janeiro. A nova leva de episódios, com Rei Davi (Cirillo Luna) como protagonista, se tornou um grande desejo de todos por conta dos baixos índices da reprise de Jesus.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].