As escolhas da Jovem Pan, entenda-se sua linha editorial e a postura dos seus comentaristas, deixaram a situação insustentável neste início de ano. Com o MPF (Ministério Público Federal) na cola por conta da sua conduta, o canal garantiu um novo temor nos bastidores.
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A equipe não deixou de lado a preocupação pelo mistério envolvendo os próximos passos do conglomerado de mídia, especialmente depois da desmonetização do canal no YouTube, uma das principais ferramentas para publicidade.
Jovem Pan vive no escuro após saída de líder e dispensa de comentaristas
A saída de Tutinha também pegou todo mundo de surpresa. Sob nova direção, com Roberto Araújo como novo presidente, a primeira demissão aconteceu: Zeca Viana, Vice-Presidente Comercial, segundo o jornalista Flávio Ricco, do R7.
Mais do que a saída do executivo, o retorno de comentaristas consagrados da casa, mas que se perderam pelo extremismo do bolsonarismo, se tornou cada vez mais inviável, pelo menos nos próximos quatro anos do novo governo.
No sentido de acalmar todos os ânimos, dentro e fora das suas dependências, a JP emitiu uma nova ordem para a moderação do palavreado dos seus âncoras e comentaristas, bem como a escolha de temas para debates menos ríspidos.
A Jovem Pan virou a casa do bolsonarismo ao longo dos quatro anos do mandato de Jair Bolsonaro (PL), mas sua postura anti-esquerda começou muito antes, com ataques diretos aos líderes do passado do PT e de outros partidos da esquerda.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].