Roteirista, Daniel Porto foi mais um nome que expressou seu sentimento pelas coisas que viu e ouviu nos bastidores do Vai Que Cola. O profissional deu detalhes de como atravessou os quatro anos de contrato com a Globo.
VEJA ESSA
De São Gonçalo, no Rio de Janeiro, Porto disse que pagou um preço alto pelos anos à frente do roteiro da atração de humor. “Um burnout digno de uma internação psiquiátrica, depressão e crise de ansiedade como presente pelo assédio moral que era feito diariamente”, disse.
O ex-Globo alegou que a prática era recorrente por parte de atores e equipe de criação contra os roteiristas. “Em 2022 decidi que iria deixar o programa. Não importasse a dificuldade financeira que isso me acarretaria”, destacou.
Daniel explanou que o salário oferecido era desrespeitoso. E mais: no nível do tratamento dado aos escritores do Vai Que Cola. “Um roteirista recebe entre 5 e 6 mil reais para escrever aproximadamente 10 episódios do programa”, entregou.
Ex-roteirista do Vai Que Cola fala em situação insana
No caso dele, na função de redator final, o salário era de R$ 5 mil por episódio, com sobrecarga para reescrever a mesma coisa inúmeras vezes com as demandas mais absurdas e malucas possíveis.
O dramaturgo relembrou as madrugadas acordadas para o trabalho, pois os atores diziam na véspera que não iam gravar, mesmo com os altos salários fornecidos pela Globo.
A emissora da família Marinho foi alvo de uma carta aberta dos roteiristas que sobraram na equipe da nova leva de gravações do humorístico do Multishow, que entrou em sua 11ª edição desde a estreia.
Confira:
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].