A repórter Veruska Donato recordou detalhes do ambiente que vivia na Globo e como encarou o diagnóstico de síndrome de burnout, distúrbio emocional por estresse crônico no trabalho.
A profissional deixou a emissora carioca em 2021, depois de ter ficado 77 dias afastada por recomendação médica. “Tenho pesadelos com a Globo quase toda semana. Tenho pesadelos horríveis”, desabafou em entrevista ao UOL.
Veruska comentou sobre os traumas. “Sonho que estou contratada, trabalhando na empresa ainda, e aí, quando chego com o meu material para botar no ar, eles dizem: ‘Não, mas você não trabalha mais aqui'”, expôs.
Donato alertou que houve uma redução de ofertas de trabalho após a ação. Ela estava sendo sondada pela afiliada do canal líder de audiência em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Veruska Donato não esconde trauma na Globo
A repórter confidenciou que sofreu e que doeu se achar incompetente. “Dói, depois de tantos anos, e você beirando os 50, porque quando eu saí de lá eu tinha 49. Eu fiz por dor, porque doeu”, expressou.
Veruska Donato insistiu que precisou mudar o visual no início da carreira para se adequar ao padrão estético da Globo. “Me levaram a um cabeleireiro no Rio de Janeiro. Ele cortou meu cabelo aqui [indicando cabelo curto]. Eu chorava, porque eu não queria”, relatou.
Por meio de nota, a Globo descartou um comentário em relação a casos sob judice, mas reiterou que “a empresa mantém um Código de Ética em linha com as melhores práticas atualmente adotadas”, com a proibição de assédio e treinamento para ofereceu um ambiente de trabalho saudável.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].