Globo perde poder da Copa do Mundo e poderá ter rival na TV aberta

A Copa do Mundo de 2026 trará uma grande mudança para a televisão brasileira.

Pela primeira vez em décadas, a Globo não terá a exclusividade dos direitos de transmissão dos jogos do torneio, que será disputado nos Estados Unidos, no México e no Canadá.

Globo
Globo terá menos jogos do que concorrentes na Copa do Mundo (Imagem: Reprodução / Globo)

 

A CazéTV, plataforma de streaming que adquiriu os direitos de 104 partidas, será a principal rival da emissora carioca, que ficou com metade dos jogos, ou seja, 52 confrontos.

📺 Curiosidade: O acordo da FIFA com a Globo em números

Você sabia que a negociação de direitos de transmissão da Copa do Mundo envolve valores bilionários? A FIFA tem um modelo de negócio complexo que inclui vendas para TV aberta, TV fechada e plataformas digitais. A perda da exclusividade online da Globo não é apenas um revés midiático, mas um sinal de que a concorrência por esse mercado está se acirrando, com novas plataformas, como a CazéTV, entrando na disputa com força total.

 

A transmissão da Copa do Mundo de 2026 será dividida entre a Globo e a CazéTV, com 50% dos jogos exclusivos para cada uma.

O modelo de divisão também permitirá que novos pacotes de transmissão sejam negociados diretamente com a LiveMode, a agência responsável pela CazéTV, o que pode gerar ainda mais competição no mercado.

Além disso, outras plataformas de streaming por assinatura também podem adquirir pacotes específicos, como os direitos de exibição de jogos da seleção brasileira ou das fases eliminatórias.

Comparativo: Direitos de Transmissão da Copa do Mundo no Brasil

Ano Emissora Principal Transmissão Online
2018 Globo Exclusiva da Globo
2022 Globo / CazéTV Não Exclusiva
2026 Globo / CazéTV Não Exclusiva (modelo a definir)

A CazéTV, por meio da LiveMode, tem a possibilidade de sublicenciar novos pacotes, permitindo que os jogos sejam transmitidos por outros canais e plataformas.

Isso pode abrir espaço para uma competição direta com a Globo, especialmente no caso de jogos da seleção brasileira ou de partidas das fases mais avançadas do torneio, segundo o Estadão.

Perguntas Frequentes

Por que a Globo perdeu a exclusividade da Copa?

A emissora não conseguiu renovar o contrato com a FIFA para manter a exclusividade dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2022 nas plataformas digitais, abrindo espaço para a concorrência.

A Copa do Mundo de 2026 terá transmissões em outras mídias?

Sim. A FIFA tem buscado ampliar seus parceiros de mídia, e é esperado que a próxima Copa tenha uma cobertura ainda mais diversificada, com transmissões na TV aberta, fechada e em plataformas como YouTube e TikTok, a depender das negociações. 

A divisão dos jogos e a alternância de escolhas

O modelo de negócios fechado entre a Globo e a CazéTV prevê uma divisão clara de jogos por fase. A Globo transmitirá quatro das oito partidas das oitavas de final, dois dos quatro confrontos das quartas de final e apenas uma das semifinais.

A final estará incluída no pacote da Globo, assim como todos os jogos da seleção brasileira.

O formato de escolha dos jogos será alternado entre as duas emissoras. A CazéTV escolhe uma partida e a Globo escolhe outra, até atingir o limite de 52 jogos em todas as plataformas de transmissão.

Essa alternância pode ser mantida com a venda de novos pacotes de transmissão, o que aumenta a incerteza sobre a distribuição dos jogos e pode causar um maior conflito de audiência entre os concorrentes.

O fim da exclusividade da Globo

A Globo, que transmitia todos os jogos da Copa do Mundo masculina desde 1982, perde agora sua posição de exclusividade.

A mudança para a Copa de 2026 reflete uma nova realidade para os direitos de transmissão, onde a competição por pacotes e a venda de direitos para múltiplas plataformas se tornam mais comuns.

Com a CazéTV entrando nesse mercado, a Globo poderá enfrentar um rival na TV aberta e no streaming, o que representa uma mudança significativa no cenário de transmissão esportiva no Brasil.

Luiz Fábio Almeida
Escrito por

Luiz Fábio Almeida

Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]