A Record surpreendeu o mercado esportivo e abalou o domínio histórico da Globo ao garantir os direitos de transmissão de um dos torneios mais tradicionais do calendário brasileiro: a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a famosa Copinha. Exibida pela Globo em TV aberta desde 1999, a competição mudará de casa no próximo ano.

A mudança marca uma reviravolta importante no cenário televisivo esportivo. A aquisição foi anunciada durante a transmissão de Corinthians x São Paulo, pelo Brasileirão, e pegou o público de surpresa. Em ano de Copa do Mundo — período no qual a Globo costuma registrar seus maiores índices de audiência — a Record decidiu investir pesado.
A emissora conseguiu ampliar seu portfólio esportivo para tentar captar novos telespectadores e fortalecer sua posição como a segunda maior audiência do país. Com o acordo firmado com a Federação Paulista de Futebol (FPF), a Record terá direito a transmitir quatro partidas decisivas da Copinha, incluindo a grande final e as duas semifinais.
Nesse cenário, a estratégia da emissora é clara: apostar em jogos de alto impacto, que tradicionalmente mobilizam torcidas de todas as regiões do Brasil e atraem excelentes números de audiência. A Copinha é reconhecida como o maior torneio de base do país, reunindo mais de 100 equipes de diferentes estados.
As partidas da fase de grupos são distribuídas por cidades do interior paulista, e a final acontece tradicionalmente em 25 de janeiro, aniversário da capital São Paulo. Além da disputa pelo título, a competição serve de vitrine para jovens talentos que buscam espaço no futebol profissional — e esse fator costuma atrair grande interesse do público.
Globo perde o torneio, mas segue na disputa
Apesar da derrota simbólica para a concorrente, a Globo não ficará totalmente fora do torneio. Há negociações em andamento para manter a Copinha na grade do SporTV, canal pago do Grupo Globo. Assim, a emissora deve tentar preservar parte do público fiel ao torneio, ainda que divida a atenção com a transmissão em TV aberta feita pela Record.

Mesmo perdendo o protagonismo da TV aberta, a Globo continua interessada em manter a competição dentro de sua programação esportiva, reconhecendo não apenas a relevância histórica da Copinha, mas também seu potencial de audiência — especialmente numa época em que os torcedores acompanham cada vez mais os clubes.
A transformação simboliza mais um capítulo na disputa entre Record e Globo pelo público esportivo. A emissora de Edir Macedo tem investido em formatos e transmissões que tradicionalmente eram associados à concorrente, e agora coloca um torneio de enorme apelo popular como peça-chave de sua estratégia de crescimento.
Para o telespectador, o resultado é positivo: mais opções, maior diversidade de transmissões e uma competição saudável entre emissoras para oferecer o melhor conteúdo esportivo. Fique atento ao RD1 para saber mais detalhes sobre as transmissões esportivas da TV brasileira!
