O que “O Sétimo Guardião” e “Quase Anjos” têm em comum? Muitas coisas!
Elenco principal de “Quase Anjos” (Imagem: Divulgação / Band)
No final de 2017, a Globo pôs fim a uma novela de quase um ano nos bastidores de seu departamento de dramaturgia, ao tomar em definitivo a decisão de tirar “O Sétimo Guardião” do papel.
O folhetim de Aguinaldo Silva, que chegou a ser adiado e quase arquivado de vez por conta de acusações de plágio de um ex-aluno do autor, Silvio Cerceau, enfim será produzido para ir ao ar na sequência de “O Outro Lado do Paraíso” e “Segundo Sol”, no horário nobre da casa.
Conforme maiores detalhes da história vão sendo divulgados, porém, vem se reforçando a semelhança da futura novela global com uma trama estrangeira já conhecida do público brasileiro: a argentina “Quase Anjos”.
Voltada para o público infanto-juvenil, a história leva a assinatura da produtora Cris Morena – criadora de sucessos como “Chiquititas”, “Rebelde” e “Floribella” – e foi produzida no país de Maradona de 2007 a 2010, somando mais de 500 episódios, divididos em quatro temporadas. Destas, apenas a segunda e a terceira chegaram à TV brasileira, exibidas entre 2010 e 2011 nas manhãs da Band.
E não são poucos os pontos em comum entre as duas obras. Em “O Sétimo Guardião”, Aguinaldo já deixou claro que pretende investir pesado em um elemento bastante presente em suas obras mais antigas – o realismo fantástico. Luana Piovani, por exemplo, interpretaria uma mulher com a capacidade de nunca envelhecer; o personagem inicialmente destinado a Cauã Reymond teria o dom de se transformar em gato; já a heroína, papel de Marina Ruy Barbosa, usará superpoderes “de luz” para combater a grande vilã da trama, Valentina Marsalla (Lília Cabral), cujas habilidades em feitiçaria serviriam até mesmo para “ressuscitar” Nazaré (Renata Sorrah), a icônica vilã de “Senhora do Destino”.
“Quase Anjos”, por sua vez, também ostentava uma galeria de personagens excêntricos. A heroína da trama, Cielo (Emilia Attías), além de possuir um saber inesgotável sobre as mais vastas áreas do conhecimento humano, ia desenvolvendo dons como os de controlar o tempo, mover-se em velocidade supersônica e até de provocar ilusões nas outras pessoas. Outros exemplos eram a jovem cigana Jasmim (Eugenia Suárez), que costumava ser assaltada por visões do futuro, ou a aspirante a escritora Valéria (Rocío Igarzábal), cujas palavras se materializavam em fatos reais ao serem colocadas no papel.
A maior semelhança, no entanto, reside na questão dos “guardiões” referenciados no título da obra de Aguinaldo Silva. Boa parte da trama de “Quase Anjos” girava em torno de Eudamon, uma dimensão paralela à qual se tinha acesso através de um misterioso portal. Cobiçado por uma corporação maligna, com ares de seita, esse universo místico só poderia ser acessado através do Livro dos Sete Guardiões, cujas identidades iam se revelando pouco a pouco na história.
O grande mistério da obra argentina girava em torno de quem seria “o sétimo guardião” de Eudamon. Ao final do segundo ano, descobria-se que se tratava de Salvador (Nicolás Pauls), o qual acabava cometendo suicídio para se livrar de um espírito maligno que habitava seu corpo, João Cruz (Mariano Torre) – na Band, essa cena trágica foi devidamente editada para se adequar à faixa matinal em que a novela ia ao ar.
Depois de muitas aventuras, o Livro dos Sete Guardiões era finalmente aberto e os personagens principais eram transportados para 22 anos no futuro, dando início à terceira temporada de “Quase Anjos”. Será que os guardiões de Aguinaldo Silva também vão viajar no tempo? É aguardar para ver!
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