As vilãs loiras são uma marca de João Emanuel Carneiro

Bárbara, Leona, Flora e Carminha fizeram história na dramaturgia

Bárbara, Leona, Flora e Carminha fizeram história na dramaturgia (Imagem: Divulgação / Montagem)

Todo autor tem sua marca. Manoel Carlos mostra, sem exceção, a visão do Leblon para o mundo. Gilberto Braga gosta de escrever personagens amorais em qualquer situação. Gloria Perez, por sua vez, é sempre lembrada pelas danças e por mostrar a cultura de outros países. Se tudo isso é marca, a de João Emanuel Carneiro são as vilãs loiras.

Desde que estreou nas telenovelas, em “Da Cor do Pecado” (2004), todas as vilãs do autor, além de pérfidas e sem escrúpulos, possuem sempre a mesma coincidência: o tom loiro dos cabelos.

Tudo isso começou lá atrás, justamente na novela protagonizada por Taís Araújo. Muita gente comenta que foi a primeira novela da Globo com uma protagonista negra, o que poucos podem ter notado, porém, é que também foi a primeira vilã loira de JEC. Bárbara, vivida brilhantemente por Giovanna Antonelli.

A segunda obra do autor na emissora foi outro sucesso retumbante, “Cobras & Lagartos” (2006). A novela que conta a deliciosa história de Foguinho (Lázaro Ramos), reuniu um elenco afiado e, novamente, o autor repetiu a vilã com tom de cabelo semelhante ao de Bárbara. Leona, dessa vez interpretada por Carolina Dieckmann era tão má quanto à colega. A diferença era que uma tinha o cabelo curtíssimo e a outra longas e escorridas madeixas aloiradas.

Em sua primeira imersão no horário das 21 horas, JEC mudou seu estilo e deu outro tom para o cabelo de sua vilã. Um loiro menos amarelo, mas nem por isso menos importante. Em “A Favorita” (2008), uma das tramas mais inovadoras desde então, o autor ofereceu à sua vilã Flora para Patrícia Pillar que, até hoje, é tida como uma das grandes antagonistas do século XXI. Os cabelos, embora mais escuros, eram loiros e cacheados.

Maior sucesso do autor até hoje, “Avenida Brasil” (2012) foi responsável não apenas por recolocar o Brasil inteiro diante da TV como há muito não se via. Ela também devolveu às vilãs de João Emanuel, o tom bem amarelo de cabelo. Carminha, vivida por Adriana Esteves, tinha quase o mesmo tom de cabelo de Bárbara e Leona, e os mantinha impecavelmente alisados enquanto fazia suas maldades.

Embora não seja considerada exatamente uma vilã, a penúltima antagonista do autor foi Atena. Novamente nas mãos de Giovanna Antonelli, a personagem de “A Regra do Jogo” (2015) não era exatamente má, mas o tom dos cabelos estavam lá, para quem quisesse comparar.

Agora em “Segundo Sol”, duas vilãs quase que “burlaram” a “categoria”: Adriana Esteves, que repete a parceria de sucesso, e Deborah Secco, a principal vilã da história, desfilam com um louro escuro e várias mechas. Isso sim que é marca autoral!

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