Funcionários da TV Brasil aderem a plano de demissão; canal deve extinguir programas
Vera Barroso, hoje âncora do “Sem Censura”, na TV Brasil (Imagem: Reprodução / TV Brasil)
Cerca de 257 funcionários aderiram ao Plano de Demissão Voluntária proposto pela EBC – Empresa Brasil de Comunicação –, responsável pela TV Brasil. O número corresponde a 13% do quadro de contratados. Os jornalistas compreendem 19% do montante; ao todo, 50 profissionais da área estão deixando a casa.
O Plano de Demissão Voluntária, porém, não atingiu o limite orçamentário de R$ 80 milhões – isto é, menos profissionais do que a organização esperava acataram a proposta. Fato é que a TV Brasil será afetada pela saída dos 257 funcionários; até o lançamento da nova programação, em março de 2019, a emissora, provavelmente, já terá extinto algumas de suas atrações.
A EBC foi criada em 2007, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, para coordenar, a Rádio MEC e TV NBR – dentre outras estações. A criação da empresa, e da TV Brasil, coincidiu com a extinção da TV Educativa, coordenada pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, responsável por coproduções como “Sítio do Picapau Amarelo” (1977), com a Globo.
A TV Brasil manteve boa parte dos programas do canal que a antecedeu, como o “Sem Censura”, de Leda Nagle – que deixou a casa em 2016 –, bem como o acordo com a Cultura pela cessão de conteúdo infantil. Passou também a veicular competições esportivas e novelas importadas. Desde sempre, porém, o projeto fora acusado de propagar os feitos de Lula e de sua sucessora, Dilma Rousseff.
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