Fábio Porchat foi entrevistado por Luciana Gimenez no “Luciana by Night”, da RedeTV!, e abriu o jogo sobre sua saída da Record. Na época, rumores apontavam para uma despedida conturbada da emissora e Porchat aproveitou o bate-papo para fazer uma confissão sobre o real motivo de não ter renovado com o canal.
- Veja Também: Ana Maria Braga se revolta e rebate críticas ao vivo
“Toda vez que dou entrevista querem que eu fale mal da Record. Toda emissora tem problema, não é essa a questão”, ressaltou ele. “Achei que o programa estava bom, a crítica falando bem, o público gostando”, continuou.
Ele afirmou que o trabalho o deixava feliz, mas pesou os prós e contras. “Eu estava super feliz, mas pensei: ‘Será que o programa vai ter mais um ano de vida? Será que eu consigo mais 250 convidados interessantes com boas histórias?'”, questionou, na época. “Eu já tinha entrevistado o Ronnie Von três vezes, a Ticiane Pinheiro, cinco. [Pensei] ‘Acho que agora é a hora de parar’. Foi uma decisão artística, totalmente consciente”, enfatizou.
“Saí da Record de boa. Falei ‘não quero ter um programa com audiência, que falem bem, quero dizer eu gostei'”, esclareceu Porchat.
O comediante falou ainda sobre a série “Homens?”, criada e estrelada por ele, e que aborda temas como machismo, assédio, diversidade e padrões sociais. Porchat admite que é machista. “Sou, claro, todo homem é! A gente precisa se policiar. Lógico que não sou machista babaca que pega na bunda da mulher passando. Por exemplo, na estreia de ‘Jurassic Park’ eu ganhei uma máscara de dinossauro. Pensei em dar para sobrinho de uma amiga minha e minha mulher, Natalie, falou: ‘Por que você não dá para a Nina, filha da Miá [Mello]? Ela vai amar’. Eu disse: ‘Não, mas isso é um brinquedo meio bruto, mais de menino’. Ela rebateu: ‘Por que é de menino?’. Respondi: ‘É, porque sei lá’. Realmente, fui machista”, confessou.
Ele ainda discordou de que o politicamente correto atrapalhou o trabalho dos comediantes. “Ele [o politicamente correto] te faz pensar. Muita gente fazia uma piada e, se alguém se ofendesse, dizia: ‘Ah, nem pensei na hora’. Não é muito ruim a gente falar uma coisa que a gente nem pensou? É melhor falar uma coisa que a gente pensou. Não existe isso de que fazer humor está difícil”, opinou. “Acho que os tempos mudaram para todo mundo. Fazer publicidade está diferente, fazer jornalismo está diferente, fazer programa de televisão… Está tudo diferente, mas a gente tem que se adaptar”, continuou.
Fábio recordou também o programa que fez ao lado de Tatá Werneck no Multishow, o “Tudo pela Audiência”. “A gente zoava, sacaneava e eu acho que a gente devia ter sido preso. A Tatá beijou o João Kléber de língua, cara!”, brincou, elogiando a amiga. “Ela é genial. Está gravidíssima agora. Fazer o programa com ela foi sensacional. Ela é o máximo, rápida, ágil. Era uma dupla real, não tinha competição”, completou.
Rafinha Bastos rebate Fabio Porchat em defesa de Danilo Gentili
Rafinha Bastos também comentou sobre a condenação de Danilo Gentili por injúria contra a deputada federal Maria do Rosário (PT/RS). Ele usou as redes sociais para rebater uma afirmação de Fabio Porchat.
“Acho que o vídeo do Danilo Gentili é de péssimo gosto, agressivo, desrespeitoso, infantil, sem graça, desnecessário, equivocado… Mas daí ele ser preso por mandar uma pessoa enfiar um papel no cu, acho bastante autoritário e arbitrário, perigoso inclusive”, escreveu o ex-apresentador da Record.
Como resposta, Rafinha Bastos disse: “Cara… todos nós já fizemos piadas boas e ruins. Um colega não pode virar juiz da piada do outro. O que importa agora é que um colega está tendo a sua liberdade ameaçada. Simples assim”.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].