O deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) é alvo de uma denúncia feita pelo seu ex-motorista, Marcelo Ricardo Silva, que em depoimento ao Ministério Público de São Paulo acusa o antigo patrão de utilizá-lo como laranja.
Segundo ele, o parlamentar havia pedido para que assumisse a titularidade de duas empresas em troca de promessas de compensações. Além disso, o ex-funcionário contou que recebia, por orientação do chefe, pagamentos de terceiros e os repassava para a mulher do ex-ator, Fabi Frota.
Ao jornal “Folha de São Paulo”, Silva fez outras acusações, afirmando que a campanha eleitoral de Frota foi paga por amigos empresários, e que os recursos não foram repassados para a Justiça Federal. Ele ainda garantiu que chegou a trabalhar por cerca de 20 dias no gabinete do político em fevereiro, sendo exonerado no final do mês.
Procurado pela “Folha”, Frota negou, em nota, todas as acusações e acrescentou que estaria sendo vítima de “práticas de ameaças e extorsão“. “Dessas condutas criminosas, em março de 2019, o deputado lavrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Cotia (SP) e uma representação perante a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (razão porque o mesmo está proibido de lá adentrar)“, disse no texto.
No seu relato, Marcelo contou que conseguiu um emprego na TV Nova Cidade graças ao ex-chefe e, pouco tempo depois, recebeu a proposta de ser “laranja” nas duas empresas do deputado: a F. R. Publicidade e Atividades Artísticas e a DP Publicidade Propaganda e Eventos Ltda.
“Ele [Frota] falou: ‘eu tenho essas duas empresas minhas’. Vou passar para o teu nome, e vou te dar uma porcentagem. Eu falei beleza, tá bom, crente que ia ganhar alguma coisa“, relatou. Frota assegura que todas “opções empresariais foram lícitas“: “Toda a relação com o mesmo anteriormente a 2019 foi privada“, defendeu-se ainda na nota.
Sobre o seu trabalho na campanha eleitoral que fez Frota chegar ao posto de deputado federal, Marcelo explicou que após encerrar suas atividades como motorista era orientado a fazer panfletagem. Em um áudio divulgado ao jornal, Frota questiona o então funcionário sobre a “operação de distribuição de santinhos“.
Nesta época, o denunciante disse receber os seus pagamentos pelos amigos de Frota, um dono de uma concessionária em São Paulo e outro diretor de uma escola. Frota então negou a possibilidade de Marcelo ter trabalho para sua campanha. “Da pretensa relação em campanha: não houve, pois [Marcelo Silva] nunca atendeu à campanha eleitoral. De outro modo, a sua relação era trabalhista, como motorista, com registro em carteira, para atendimento doméstico, de Alexandre [Frota] e de sua família“, desmentiu.
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