Na última segunda (10), a jornalista Veruska Seibel recebeu amigos e imprensa para uma sessão de autógrafos do lançamento do livro do jornalista Ricardo Boechat.
No evento, realizado em uma livraria de São Paulo, importantes nomes do jornalismo e da comunicação estiveram presentes para acompanhar Veruska. Em meio aos convidados, destacam-se Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Rede Bandeirantes de Televisão, e José Simão, consagrado jornalista e colega de trabalho de Boechat.
Em entrevista exclusiva ao RD1, Fernando Mitre falou da importância do Boechat para o jornalismo da Band e do Brasil. “O trabalho do Boechat era multifacetado tanto na apuração, quanto busca e na hora de dar a informação no Jornal da Band ou peça rádio BandNews FM. O livro “Toca o Barco” é um exemplo para a juventude que pode trazer uma história de vida e de bom jornalismo às novas gerações“, disse Mitre.
“Boechat foi o jornalista mais sincero que conheci. Com ele, eu podia ver cada lado da informação, pois ele apurava de maneira intensa. Às vezes, faltando dez minutos para o jornal entrar no ar e o Boechat ainda estava apurando a notícia para saber dos vários ângulos da informação e trazer a melhor informação para o nosso telespectador“, pontuou Fernando Mitre.
José Simão, amigo e colega de trabalho de Ricardo Boechat na rádio BandNews FM, falou sobre o livro por meio de um texto, divulgado nas redes sociais. “Boechat era um vulcão. Em erupção! Um indignado. E da indignação nasceu o humor”, conta Simão no recém-lançado “Toca o Barco”. O livro traz 32 histórias de Ricardo Boechat que morreu em fevereiro deste ano, em um trágico acidente aéreo em São Paulo.
“E o engraçado: só me encontrei com o Boechat pessoalmente uma única vez. Em Paris! Mas foi a pessoa com quem eu mais falei na vida: dez minutos todo dia durante 13 anos! E o mais engraçado: me contaram que no dia da estreia o Boechat suava de nervoso. E mal sabia ele que do outro lado da linha eu também suava de nervoso. Os dois suando! Um de cada lado da linha! Essa foi a estreia! Hahaha!“, escreveu em tom humorado, característica de José Simão. Ao RD1, Simão disse, enquanto tirava fotos e mais fotos com senhoras que se diziam suas fãs: “Vamos nos lembrar dele com essas histórias divertidas”.
Veruska Boechat contou, com exclusividade ao RD1, que está superando as dores por conta do carinho das pessoas. “Se tem algo que salvou a gente é esse carinho das pessoas nesses quatro meses de saudades dele. O que mais me deixou confortada é que quando as pessoas falam dele, fazem referência a mim. Esse carinho não tem preço. O trabalho dele e que ele fazia com muito amor, era importante pra ele e ele se doava muito. Nossa vida era muito feliz”, contou Veruska.
Em relação ao legado de Boechat para o jornalismo, a viúva do jornalista disse: “O legado do Boechat foi dar voz e fé pública ao povo e não pra autoridade. A gente sabe que o jornalismo tem dado voz à mentira, mas o Boechat foi uma voz da verdade. E com o Ricardo no comando da BandNews, conseguiu atrair essa audiência que estava cansada de tanta informação desencontrada“, analisou Veruska.
Sobre seu quadro dentro do “Aqui na Band”, a jornalista contou que foi um desafio para ela, inicialmente. “Eu esto muito feliz com meu trabalho na Band. Fiquei um pouco tensa porque eu sou jornalista e o ‘Aqui na Band’ é entretenimento, mas fiquei satisfeita com o resultado que vi”, contou.
Veruska ainda disse que vê seu quadro como uma forma de ajudar as pessoas. “Vejo o quadro como uma forma de dizer para as pessoas como podemos superar nossas dores e nos mantermos em pé. O ‘Aqui na Band’ tem sido um projeto muito gostoso de fazer e contar as histórias de pessoas que estão passando por esse momento doloroso que é a perda de um ente querido“, destacou.
As filhas de Boechat falaram sobre o quadro que a mãe apresenta na TV. “Acho um quadro bom e que traz histórias interessantes para o público de casa“, contou Valentina Boechat. “Nós ajudamos na escolha de algumas histórias que possam tocar o coração do público”, disse Catarina Boechat.
Veruska ainda disse que contou com a ajuda de um caderninho para superar a dor. “Anotar as coisas que você precisa fazer, mas não tem ânimo, em um caderninho, e poder riscar aquilo que você fez, dá uma sensação de alívio e força para viver”, concluiu.
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!