Líder do Racionais MC’s, Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown falou abertamente sobre o atual momento político do país, citou a sua participação na campanha de Fernando Haddad, do PT, a polêmica do ministro da Justiça Sergio Moro e o mandato do Presidente Jair Bolsonaro.
Mano Brown citou o atual governador de São Paulo, João Doria, e afirmou que o tucano tem tudo para ser Presidente do Brasil. “Ele vai ser presidente do Brasil. Para isso que o país está caminhando”, afirmou para a Veja São Paulo.
O cantor discursou, nas eleições de 2018, em um evento pró-Fernanda Haddad, do PT. O famoso mostrou arrependimento. “Não totalmente. Posso dizer que tem 10% de arrependimento. Já é arrependimento. E 90% de neurose, raiva e descrença total no futuro. Caetano Veloso estava do meu lado e concordou quando eu disse que perdemos a eleição. Eu não queria falar, mas me chamaram duas vezes ao palco”, lembrou.
Com a eleição e um “novo Brasil”, Brown ainda não se encaixou. “Colocaram uma granada sem pino na minha mão. Passado aquele pessimismo, eu estou tentando entender o novo Brasil, para eu ver onde me encaixo, onde posso ser útil. Mas não quero ser pedra no sapato da sociedade, da favela. Encheu o saco. Enchedor de saco oficial, não sou esse cara. Quero ficar de boa, deixar os outro de boa. O povo escolheu o que quer”, declarou.
Sobre o PT, o artista lembrou que foi o partido defendia a sua ideia de sociedade e abriu o jogo sobre parte da população vendo a sigla como corrupta. “O PT é um partido grande, cara. Você imagina uma crise em um clube grande como Corinthians, Flamengo? É igual. Você acha que as pessoas têm orgulho de levar fama de corrupto? As pessoas têm vergonha, tem gente que chora quando ouve isso”, garantiu.
“Não é um partido de gente corrupta. Isso ofende. Eu não sou corrupto. Eu sou de uma ideia. E naquele momento quem defendia a minha ideia era o PT. Não tenho direito de botar o dedo na cara de quem votou no outro. Isso eu cansei. Encheu o saco”, completou.
Sobre Sérgio Moro e sua suposta intervenção nas acusações que levaram à condenação de Lula, Mano Brown foi enfático: “Está claro que tinha um time para prender o Lula e o Moro fazia parte dele. Um juiz não pode ser do time da acusação. O Moro não agiu como juiz, mas como um pivô que escora para o centroavante mandar a bola no ângulo. Me lembrou a dupla Edmundo e Romário. O Moro é o Edmundo, só fez o pivô”.
Em sete meses de Jair Bolsonaro no comando da nação, o cantor fez um balanço. “O mesmo de antes: sabe nada. Mas votaram nesse cara? Vamos respeitar. Pode discordar, mas tem que saber respeitar. Não sou daqueles que acham que o povo não sabe o que faz. Pelo contrário. O voto fala, opinião pública fala, internet fala, rede social fala. Ignora quem quer, tá ligado?. Ficar quatro anos sabotando o governo desse cara? Não. O povo escolheu, o povo cuida disso”, argumentou.
A Redação do RD1 é composta por especialistas quando o assunto é audiência da TV, novelas, famosos e notícias da TV. Conta com jornalistas que são referência há mais de 10 anos na repercussão de assuntos televisivos, referenciados e reconhecidos por famosos, profissionais da área e pelo público. Apura e publica diariamente dezenas de notícias consumidas por milhões de pessoas semanalmente. Conheça a equipe.