Datena confessa não gostar de jornalismo policial e revela oportunidade em entretenimento

Datena

Datena irá completar 50 anos de carreira (Imagem: Divulgação / Band)

Conhecido pelo jornalismo policial, essa área da profissão não é a queridinha de José Luiz Datena, apesar de ele se dedicar a isso há muitos anos. Em entrevista à coluna de Leo Dias, do UOL, o jornalista fez um balanço da sua carreira de quase 50 anos.

Não gosto de programa de polícia. Eu odeio isso. Não gostava, nunca gostei e não gosto”, revelou o profissional, que afirmou que se pudesse mudaria o futuro.

Se eu pudesse prever, ou mudar o futuro, é claro que gostaria de fazer outra coisa. Mas não sou eu quem decide a minha vida. Eu tive até uma grande oportunidade de participar de alguns programas fora do eixo policial quando fazia reportagem“, contou.

Éramos eu, o [Marcio] Canuto… A gente fazia o que os youtubers fazem hoje. Era igualzinho. Eram matérias de sacanagem, de brincadeira. Isso na época em que o Osmar Santos apresentava o Globo Esporte. Eu era tido como um cara meio genial, tanto que a Globo me trouxe de Ribeirão Preto para São Paulo”, completou.

Sobre ter deixado o jornalismo esportivo, Datena explicou: “Eu saí [da reportagem] para me tornar um péssimo locutor esportivo. Como locutor, eu era uma sonora bosta, mas como repórter eu era considerado bom. O meu lance era mesmo seguir na reportagem, tanto que eu estava subindo na TV Globo“.

Só que, de uma hora para a outra, o destino fez com que eu trabalhasse na TV Record. E o falecido [diretor] Eduardo Lafon (1946-2000) falou que eu teria que fazer programa de polícia”, disse o jornalista, que mesmo não gostando, teve que fazer a atração. “Mas, como a opção era ser mandado embora, porque eles iam acabar com a equipe de esportes, topei. Para não ficar desempregado, se precisasse, eu pegava uma metralhadora, uma faca e ia para o pau“, completou.

Por fim, Datena fez um balanço da sua vida nesses anos de jornalismo. “Às vezes, eu fico pensando que poderia ter sido mais fácil. Mas, se tivesse sido, talvez eu não tivesse virado uma espécie de personagem, que na realidade eu não sou”.

Infelizmente, tudo o que os caras veem na televisão é o que eu sou de verdade. Uma vez, um cara me disse: “Não é mole trabalhar com você, Datena”. Aí eu respondi: “Parceiro, realmente não é. Mas você tem uma vantagem sobre mim. Daqui a 10 minutos, você vai embora para a sua casa. Eu vou ter que ir embora para a minha comigo mesmo. E não é mole conviver comigo“, concluiu.

Da Redação
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