Fazendo uma linha mais política, o programa de Silvio Santos abriu as portas do SBT para que políticos façam visitas à emissora e, claro, gravem com o titular da atração dominical. No entanto, o que alguns nomes de Brasília têm praticado confronta a ética parlamentar.
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Ocorre que, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, nomes como o do presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República Jair Bolsonaro, desfalcaram os cofres públicos para pousarem na emissora de TV paulista.
Tanto Davi quanto Flávio viajaram para São Paulo, a fim de participar do quadro Jogo das Três Pistas, ancorados pela estrutura dos cargos que ocupam.
Flávio Bolsonaro ainda usou do auxílio para hospedagem na capital de São Paulo. Davi Alcolumbre, por sua vez, ao participar da brincadeira com Silvio Santos, requisitou um voo pela Força Aérea Brasileira (FAB) para o dia 14 de setembro com saída de Brasília e destino para São Paulo em um “bate e volta”.
O direito assiste o parlamentar em caso de trabalho e foi essa a informação que Davi deu pelo uso do voo: “serviço/segurança”. A Aeronáutica não divulgou os nomes dos passageiros que usaram o serviço, mas se sabe que foram, ao todo, 14.
Na atração de Silvio Santos, Davi Alcolumbre nada disse sobre seu trabalho frente ao Congresso Nacional. Apenas disputou com o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, e perdeu de 25 contra 71 do funcionário do SBT e 40 pontos do auditório.
Em sua agenda oficial, o presidente do Senado não registrou nada para o dia 14 – nem a gravação com Silvio Santos.
Vale lembrar que os filhos do presidente também participaram da mesma atração do SBT. Flávio e Eduardo Bolsonaro estiveram lado a lado com Silvio Santos. Flávio pagou a própria passagem para São Paulo e seu retorno a Brasília, porém, pediu reembolso à Casa, usando de seu direito chamado cota parlamentar.
O político declarou um gasto, nos dias anteriores à gravação, de R$ 2.427,45. O parlamentar ficou na cidade carioca ante de decolar para a capital paulista. A Folha questionou a assessoria do filho do presidente pelos gastos e compromissos na capital; todavia, não obteve resposta.
Já Eduardo Bolsonaro não teve as contas encontradas nas prestações feitas ao Congresso no período em que esteve no SBT. Segundo a Folha, o político tem base em São Paulo e, por isso, poderia justificar os gastos como necessidade de manter contato com seus eleitores.
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