Porta dos Fundos: polícia tem 80 horas de vídeos sobre o atentado

Porta dos Fundos

Polícia tem horas de imagens e busca responsáveis por ataque ao Porta dos Fundos (Imagem: Divulgação / Porta dos Fundos)

A Polícia Civil montou um plano para identificar os criminosos responsáveis pelo ataque à produtora do Porta dos Fundos. A sede onde são gravados os vídeos do canal com milhões de inscritos no YouTube foi atacada com coquetéis-molotov na madrugada da véspera do Natal (24).

Os investigadores querem refazer o trajeto dos quatro suspeitos. Para que não perca nenhum detalhe do crime, a polícia vai analisar até a próxima semana cerca de 80 horas de filmagens de mais de dez câmeras diferentes, desde a Rua Capitão Salomão até a Rua Voluntários da Pátria.

A produtora fica localizada no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Após o ataque, eles saíram na contramão pela Capitão Salomão até a Rua Voluntários da Pátria. As autoridades já conseguiram imagens de clínicas, restaurantes, lojas e de um edifício residencial. As informações são do jornal Extra.

“Será um trabalho exaustivo de análise de câmeras. Estamos melhorando as imagens para que tenham mais nitidez. Antes, por exemplo, parecia que um dos homens que aparecem na imagem não estava encapuzado. Agora, já conseguimos ver que um pano branco esconde parte do rosto dele”, disse o delegado Marco Aurélio de Paula Ribeiro, titular da 10ª DP.

Com a chance de encontrar nos vídeos algum dos criminosos sem máscara antes do ataque, agentes vão analisar os vídeos a partir de 1h até pouco depois das 6h. O atentado aconteceu às 5h21.

Por causa da má qualidade das imagens já vistas, os policiais ainda não enxergaram com nitidez os dados das placas da moto e da caminhonete usada para o ataque. Ainda de acordo com o jornal, a delegacia já descobriu que quatro caminhonetes foram roubadas na cidade do Rio em horários próximos ao do crime. Elas são semelhantes aquela usada para o atentado.

Por enquanto, a investigação da 10ª DP apura os crimes de incêndio e tentativa de homicídio contra o segurança que estava no local e apagou o fogo logo no início. A hipótese do caso ser visto como terrorismo não está descartada. Confirmado, o caso para nas mãos da Polícia Federal, já que a Lei Antiterrorismo, de 2016, prevê que esses crimes “são praticados contra o interesse da União”.

Da Redação
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