Regina Duarte surpreendeu a todos com suas declarações no primeiro evento como secretária da Cultura, indicação do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, ela relembrou a compositora brasileira Chiquinha Gonzaga (1847-1935).
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A atriz foi a intérprete da famosa em uma série de TV e declarou que Chiquinha foi a “pioneira do feminismo” no Brasil, porém, manteve a sua feminilidade, insinuando que não é isso que costuma acontecer nos dias atuais.
“Chiquinha Gonzaga, pioneira do feminismo mantendo sua feminilidade, criadora de músicas que ficaram para sempre no nosso cancioneiro. Era uma mulher à frente de seu tempo, aos 60 e poucos anos se apaixonou por um jovem bem mais novo do que ela, enfrentou essa dificuldade, que naquela época era um tabu”, afirmou.
A declaração foi feita ao lado de Bolsonaro. Ainda em seu discurso, Regina defendeu o papel da mulher no cuidado das crianças e na dedicação à família, sem deixar de lado seu apoio ao Feminismo, baseado em sua própria visão.
A atriz não esconde de ninguém que é conservadora, assim como Bolsonaro e todos os seus seguidores, que costumam fazer críticas ao feminismo. O evento em questão foi feito em comemoração do Dia Internacional da Mulher.
A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também marcaram presença e fizeram seus discursos, mas ao contrário de Regina, não citaram ou apoiaram o feminismo em nenhum momento.
“A mulher tem sido representada na cultura e na dramaturgia de forma muito representativa na sua trajetória, na busca de se tornar mais parceira do seu companheiro”, afirmou a atriz.
“Nós mulheres estamos vivendo num momento bastante difícil, de transições. Acho que houve bastante conquistas, conquistas extraordinárias, mas também muitas perdas”, explicou.
“A família precisa dessa mulher equilibrando e rodando os pratos da sua enorme responsabilidade, dedicando mais tempo às crianças e com isso também sendo um ser social ativo e criador. Acho que isso se reflete na sua dificuldade e acho que é a grande meta e desafio que nós mulheres precisamos enfrentar daqui para frente”, disse.
Por fim, Bolsonaro pegou o microfone para fazer uma declaração à sua mulher e disse: “Enquanto houver mar, eu sempre vou te amar”. Já Michelle reclamou com Jair, pelo fato de ter conversado com Damares enquanto ela discursava.
Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.