Há um ano o ator Rafael Miguel e seus pais João Aloizio Miguel e Mirian Selma Silva Miguel, foram mortos de forma fria e inesperada por Paulo Cupertino Matias, pai da namorada do rapaz, que não aceitava o namoro do jovem de 22 anos com a filha Isabela Tibcheran. Com o assassino foragido, o Balanço Geral SP, da Record, teve acesso ao inquérito da polícia e aos depoimentos de dois amigos que ajudaram Paulo na fuga.
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Após 13 disparos, sendo que 7 pegaram em Miguel, 4 no pai e 2 na mãe, Cupertino entrou em contato com Eduardo José Machado e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora para conseguir escapar da polícia.
As investigações indicaram que, após o crime, o assassino trocou mensagens com o amigos para saber como fazer para fugir e também para informar quanto dinheiro ele precisava.
Em 18 de junho de 2019, Machado revelou que recebeu uma ligação de Matias dizendo: “Fiz merda, arruma um advogado pra mim“. Mais tarde, em outra ligação, ele completou: “Você já arrumou um advogado? Eu matei três pessoas”.
Sobre a picape que estava no nome de Eduardo que o assassino de Rafael Miguel usou na fuga, o amigo revelou que havia vendido o carro para Cupertino oito meses antes do ocorrido, mas que ainda não tinha feito a mudança do nome.
Três dias depois do crime, Paulo procurou o amigo mais uma vez e pediu um advogado e R$ 5 mil. No entanto, Machado afirmou que desligou o telefone e não mandou dinheiro para ele.
Enquanto tinha contato com Eduardo José Machado, o pai da namorada de Miguel também tentava ajuda de Wanderley Antunes. Após cometer o assassinato, Paulo foi até o amigo que mora em Sorocaba. Sem dar muitos detalhes do que tinha feito, Cupertino recebeu do parceiro o telefone da própria mãe, pois ele queria falar com alguém.
Por volta das 21h, Matias explicou que queria ir para a casa de uma amiga na cidade de Águas de São Pedro, a cerca de 130 km de onde eles estavam. Ao encontrarem essa pessoa, que é uma líder espiritual, ela negou abrigo ao criminoso e o aconselhou a se entregar.
“Nem pensar que eu recebi o Paulo aqui“, afirmou a amiga em entrevista à Record. “Tanto que no dia que eu soube fiquei mesmo chocada, porque a gente se conhecia lá em São Paulo. E meu irmão veio aqui e tudo, eu falei não vou receber, e ele nem apareceu aqui”, completou.
Após a recusa, Cupertino tentou pedir ajuda a outro amigo, mas também foi negado. Sendo assim, ele precisou dormir em um hotel. No dia seguinte, ele teria mandado mensagem para Eduardo pedindo os R$ 5 mil, dinheiro esse que Wanderley afirma ter ido buscar em São Paulo, e depois ter ido entregar ao amigo.
Antunes ainda contou que no dia 12 de junho foi ao encontro de Paulo em Campinas. Quando chegaram na rodoviária, o parceiro comprou para Cupertino uma passagem para Ponta Porã, no Mato Grosso, já perto da divisa com o Paraguai.
De acordo com Wanderley, todo o tempo que esteve com Paulo, o assassino de Miguel estava armado, e o chantageou a cada instante.
Sem saber do seu paradeiro, Paulo Cupertino Matias é considerado foragido da Justiça. “Ele está com a prisão temporária decretada, desde a primeira semana. Ele é sim considerado foragido, pois está com a prisão temporária decretada. A prisão temporária dele tem um prazo bem dilatado, então ela ainda está em vigor. O inquérito já está em poder do judiciário e já foi pedida a prisão preventiva dele”, explicou o delegado Bruno Tessari.
Para resolver o caso o quanto antes, a polícia solicitou que o nome de Paulo seja incluído na lista de foragidos da Interpol.
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