O Ministério Público Federal colocou o Grupo Jovem Pan em uma situação complicada. Com o início da investigação por parte do órgão sobre a conduta do canal durante a cobertura dos atos golpistas em Brasília no domingo (8), possíveis consequência foram colocadas na mesa.
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Em um caso extremo, a Jovem Pan pode ter sua concessão de rádio cassada, assim como sua saída definitiva do YouTube e da TV por assinatura, segundo informações do jornalista Ricardo Feltrin, do UOL.
A notificação foi entregue na última segunda-feira (9), apenas 24 horas após a tentativa de golpe de extremistas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Yuri Corrêa da Luz, procurador da República, foi quem assinou o documento.
Dentro da investigação foi encontrado uma enxurrada de comentários com teor golpista. Na última terça-feira (10), Rodrigo Constantino, Zoe Martínez e Paulo Figueiredo foram afastados de suas funções, assim como Marco Costa.
Segundo levantamento realizado pelo Ministério Público, 337.204 publicações de comentaristas da Jovem Pan foram contra os processos democráticos do país.
O documento ainda levou em consideração que o canal atacou a integridade cívica de forma persistente, e que tal atitude provocou um abalo na confiança dos cidadãos na democracia.
Investigação contra a Jovem Pan pode ser judicializada
Entre as possibilidades levantadas, a judicialização do caso, bem como multas e possíveis suspensões não foram descartadas, até mesmo a decisão mais extrema: a cassação da concessão.
Para escapar de algo mais sério, a Jovem Pan pode iniciar imediatamente um ajuste em sua linha editorial e de conduta e se comprometer a banir de seus programas a divulgação de fake news.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].