Contratado da Jovem Pan News, Adrilles Jorge conversou com exclusividade com o RD1 e falou sobre diversos assuntos polêmicos que o envolveram nos últimos meses. Ao jornalista Reuber Diirr, o integrante do Morning Show criticou o movimento conhecido por “cancelar” as pessoas nas redes sociais.
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Adrilles relembrou, por exemplo, o caso de quando foi cancelado pela mídia e pelas redes sociais e explicou o que fez na ocasião. O comentarista da Jovem Pan ainda ressaltou que falta conhecimento das pessoas para apontarem o que é certo ou errado no movimento de cancelamento.
“Meu cancelamento não foi o maior da História, mas foi o mais injusto e o mais patético”, começou Adrilles, que ainda declarou: “Eu fui cancelado, depois, para relembrar o que todo mundo já sabe, de ter dado um tchau após fazer meia hora de discurso veementemente humanista contra o nazismo, ou seja, não foi só burrice das pessoas”.
“Foi capciosidade, má fé e perversão, sobretudo, de boa parte da grande mídia, que queria calar a voz, que seja conservadora, de direita, bolsonarista. Eu não sou nenhum destes três, inclusive”, garantiu.
Adrilles Jorge seguiu explicando que não tem posicionamento político declarado, mas que gosta de se expressar com total liberdade de expressão, sem cerceamento por ideais de esquerda que, segundo o próprio, controlam o que as pessoas podem dizer ou não.
“Eu sou um radical de centro, que acha que tem uma hegemonia muito grande da esquerda, que eventualmente faz com que pessoas sejam perseguidas e canceladas, mas, para mim, é engraçado, porque o cancelamento a médio prazo acaba sendo benéfico para as pessoas”, explicou o ex-BBB, que emendou:
“Ao mesmo tempo que eu tive o cancelamento em um dia, no dia seguinte a hashtag ‘volta, Adrilles’ estava em primeiro nos TTs e ficou por três dias, ou seja, eu tive uma ressurreição, entre aspas, muito maior do que o cancelamento e a visibilidade da injustiça cometida contra mim. Isso me projetou muito mais o meu nome. O cancelamento, no fim das contas, foi muito mais benéfico do que maléfico, para mim.”
Em relação à onda de “cancelamento” que vem ganhando força nas redes sociais, ele comentou que considera horrível tal movimento por não ser “justo” com quem mereça, sob a sua visão.
“Eu acho horrível! Estávamos falando no [Jovem Pan] Morning Show sobre tudo que as pessoas que são canceladas pelo que elas dizem, não pelo que elas fazem“, disse ele, que acrescentou:
“Nós temos, no Brasil, um chefe de quadrilha, condenado em três instâncias por uma dezena de juízes que cometeu crimes, comprovados, que eventualmente foi chefe de quadrilha e está solto. Agora, existem pessoas na internet que são eventualmente desmonetizadas, canceladas, perseguidas por terem dito uma coisa que foge ao escopo do politicamente correto. Uma vírgula que seja de uma pessoa que seja mira dessa mídia progressista, eventualmente, está morta.”
Adrilles Jorge prosseguiu criticando o que o cancelamento promove com o discurso do “politicamente correto”: “O que uma pessoa fala, as intenções do discurso de alguém, são muito mais terríveis para o cancelamento do que o que uma pessoa faz e une à burrice de certas pessoas que nem sabem pesquisar uma notícia. Fala com a má fé de pessoas que estão incrustadas na mídia como influenciadores, jornalistas, políticos etc e que vão em cima de pessoas para desmonetizar, perseguir, massacrar ou até prender pessoas. Até o STF é meio cancelador hoje”.
Adrilles Jorge detona a Globo
Em relação ao jornalismo da Globo, que tem se posicionado de forma crítica ao governo Bolsonaro, o escritor pontuou que tem agido como um partido político.”A Globo se transformou em um partido político!”, começou o comentarista.
“A Globo, que sempre primou por uma certa isenção e objetividade no jornalismo, e eu acho que sempre tem que ter vidraça, como o presidente da República, como o Executivo. Como funcionário público por definição, eventualmente, você pode fazer críticas, mas a Globo se transformou em um partido político ostensivamente contra o [presidente Jair Messias] Bolsonaro e contra tudo o que Bolsonaro representa de bom ou ruim, então, ela perde a sua idoneidade, a sua objetividade, quando ela subjetivamente se transforma em um partido político contra o presidente e contra qualquer manifestação ou apoio que seja a ele”, desabafou.
Vai entrar à política?
Por fim, Adrilles revelou ao RD1 se vai ser candidato nas eleições de 2022 para o cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo, como já informamos há alguns meses.
“Não sei! Não sei! Não sei! Estou chantageando a Jovem Pan e o Tutinha, de maneira gentil (risos)”, começou Adrilles, sem dar muito spoiler a respeito do seu futuro político ou profissional:
“Mas, falando sério, acho que a atividade de comunicador já é uma atividade parlamentar no sentido estreito da palavra, de parlar, de falar, comunicar para a sociedade, de falar o que tem de ruim na sociedade e o que ela quer melhorar.”
“Isso faz um parlamentar, um legislador, só que com o avanço de poder fazer algo em benefício das pessoas. Você não fica só na voz, só no vento. Você tem a promessa e a possibilidade de fazer algo objetivo a favor do país, não só falar para expandir as consciências, você pode atuar objetivamente em benefício do país”, disse o comunicador da Jovem Pan News.
Adrilles Jorge concluiu, sem dar muita luz ao seu futuro no canal: “Eu acho que seria uma extensão da minha atividade como comunicador, mas está em conversações ainda. Nada definido”.
