Advogado pede prisão de William Bonner por “incentivo à vacinação”; juíza nega e dá dura

William Bonner
William Bonner na bancada do JN; apresentador teve vitória na Justiça (Imagem: Reprodução / Globo)

A Justiça do Distrito Federal tomou uma decisão sobre a ação que pedia a prisão de William Bonner, da Globo. A atitude havia sido tomada por incentivar a vacinação contra a covid-19 em crianças e adolescentes.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o pedido, porém, foi rejeitado neste domingo (16) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O autor do processo, Wilson Issao Koressawa, acusa o apresentador do Jornal Nacional de participar de uma suposta organização criminosa.

A ação declara que o grupo ainda era composto por outros profissionais da emissora, para falar sobre os impactos positivos da vacina no combate à pandemia.

O autor do processo também afirmou, sem provas, que William Bonner comete os crimes de indução de pessoas ao suicídio, de causar epidemia e de “envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo”.

Ele também pediu que o jornalista fosse proibido de “incentivar a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes e a exigência de passaporte sanitário”.

De acordo com a publicação, a juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley classificou a ação como descabida. Ela ainda salientou que a iniciativa se assemelha a panfletagem política ao reproduzir teorias conspiratórias sem qualquer lastro científico e jurídico.

“O poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa —quando não incendiados— por parte das instituições, sejam elas públicas ou não“, dispara Foley.

Matéria de telejornal de William Bonner na Justiça

No começo do ano, a Justiça de São Paulo deu ganho de causa para uma família que processou a Globo por causa de uma matéria exibida no JN envolvendo o óbito de um senhor vítima do coronavírus no ano passado, no início da pandemia.

Aos 63 anos, J.P era morador de uma cidade no interior paulista e morreu em abril de 2020. Dias depois da sua morte, o telejornal da Globo colocou no ar uma matéria sobre a região e tratou do tema.

Segundo o UOL, o processo foi aberto pela viúva e os filhos do veterano. Eles sofreram represálias nas ruas por causa da reportagem. Na ação, o advogado deles informou:

Os autores [do processo] foram alvos de especulações e discriminação, principalmente em estabelecimentos de uso rotineiro como banco, lojas e mercados, já que as pessoas cochichavam entre si e se afastavam deles, devido ao medo da doença”.

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