Citado na CPI da Covid, Amado Batista voltou a se posicionar na imprensa, após um período afastado das mídias, e novamente saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em entrevista, o cantor ainda disparou contra o ex-presidente Lula (PT) e seus eleitores.
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À Rede Nordeste de Rádio, o artista afirmou: “Lula é um ladrão, só vota nele quem gosta de ladrão. Diferente de Bolsonaro, que não rouba”.
Sem apresentar provas, o artista disse que a desonestidade de Lula pode ser comprovada com a riqueza acumulada pelos filhos, especialmente Lulinha. “Saiu do nada, hoje é milionário. Não estou exagerando, digo porque conheço seus negócios no agronegócio. Ande pelo Mato Grosso, como eu, e você comprovará”, declarou
“Eu mesmo sou parte desse agronegócio que tem puxado o PIB para cima. Produzo 600 mil litros de leite/dia. O empresariado sério deste País não tem do que reclamar de Bolsonaro”, completou Amado Batista.
No último dia 12 de maio, o artista foi citado no depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten. Entre os vários assuntos do dia, Wajngarten revelou que o presidente Bolsonaro trocou uma reunião importante para ir a um evento com Amado Batista.
No mesmo dia em que o chefe do Executivo estava com o cantor que o apoia, o ex-secretário teve uma reunião com o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Isso aconteceu, segundo ele, no dia 17 de novembro de 2020.
No encontro, segundo Wajngarten, Murillo disse: “Eu quero que o Brasil seja a vitrine da América Latina na vacinação da Pfizer”. Porém, o presidente preferiu não acertar nada com a Pfizer na época. Uma mudança de postura só ocorreu meses depois, quando vários países já estava vacinando contra a covid-19.
O senador Renan Calheiros, relator da comissão, questionou na sequência ao depoente: “O presidente participou da reunião?”. “Desta, não”, respondeu o ex-chefe da Secom.
Neste mesmo dia, 17 de novembro, em que não participou da reunião com a farmacêutica norte-americana, Bolsonaro compareceu a uma cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento do selo comemorativo “Embratur 54 anos”.
Além de Amado Batista, a cerimônia contou com a presença do presidente da Embratur, Gilson Machado. Tudo foi transmitido pela TV Brasil, na época.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]