Após sucesso em As Five, Ana Hikari já está focada na próxima novela da Globo, Quanto Mais Vida Melhor, onde ela interpretará uma jovem que trabalha numa banda em casa noturna. Com as gravações retomadas recentemente, a atriz ressaltou que a volta aos estúdios gerou um misto de emoções.
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“Este ano eu acabei ficando muito tempo sozinha em casa, inclusive sem ver os meus pais. Então, voltar a trabalhar é ótimo nesse sentido. Ao mesmo tempo, é claro que traz uma tensão, porque ainda estamos na pandemia. Mas os protocolos são tão rigorosos que eu me sinto mais segura no estúdio do que indo ao mercado, por exemplo”, destacou em entrevista à colunista Patrícia Kogut.
Na oportunidade, a artista ainda deu detalhes sobre sua nova personagem, a Vanda: “Eu tenho uma boa noção de guitarra e violão, então, não precisei fazer nenhuma preparação especial. Acabei também pegando uma noção de teclado com amigos. Além disso, contamos com a ajuda da produção musical da novela. O Jaffar (Bambirra), com quem eu contraceno, também é músico e tem me auxiliado muito”.
Apesar de ser de São Paulo, atualmente ela está morando no Rio de Janeiro onde acontecem as gravações. Dentro de casa, sua maior dificuldade é manter uma rotina: “Eu estou seguindo muito à risca o isolamento e não saio para quase nada, então, preciso me policiar para não deixar a minha rotina virar uma bagunça. Eu tenho lido bastante e feito cursos on-line. Descobri que sou uma ótima companhia para mim mesma”.
Bissexual assumida, Hikari também citou as pautas abordadas no BBB 2021, entre elas o beijo entre Lucas e Gil:
“O que a gente viu ali foi uma amostra do que os bissexuais vivem no Brasil. Existe uma invisibilização muito grande da bissexualidade até mesmo dentro do movimento LGBTQIA+. Atualmente, por exemplo, eu namoro com um homem, e isso faz com que muitas pessoas me vejam como hétero. Mas não é o que eu sou. Foi, inclusive, essa falta de entendimento que me levou a falar abertamente sobre o tema”, destacou.
Além disso, outro tema que ela aborda com frequência nas redes sociais é o preconceito contra os descentes asiáticos no país, principalmente durante a pandemia.
“Logo que começamos a ouvir notícias sobre o coronavírus, eu estava num evento e um desconhecido olhou para mim e disse: “Sai com esse coronavírus daqui, amiga”. É importante que as pessoas entendam que, quando eu levanto essa pauta, não é para apagar o racismo contra o negro, que, com certeza, é muito mais grave no Brasil. Mas eu sempre vivi esse racismo desde pequena e só de uns anos para cá é que comecei a entender. A sensação é que a gente não pertence ao próprio país. E o discurso de pessoas que estão no poder fez com que esse racismo tenha aumentado ainda mais durante a pandemia”.
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