Ana Hikari faz desabafo após sofrer preconceito na pandemia por ser asiática

Ana Hikari
Ana Hikari faz desabafo após sofrer preconceito na pandemia por ser asiática (Imagem: Divulgação / Globo)

Filha de um pai negro e de uma mãe descendente de japoneses, Ana Hikari falou sobre o preconceito que os asiáticos estão sofrendo durante a pandemia do novo coronavírus e ainda relembrou, durante entrevista à revista Marie Claire, sobre o assassinato na última semana de seis mulheres descendentes de asiáticos nos Estados Unidos.

A atriz ressaltou no bate-papo que o problema sempre existiu, mas que foi agravado por causa da crise sanitária em razão da Covid-19:

A pandemia expôs uma violência que já existia. Os Estados Unidos têm história de opressão no leste asiático, com históricos de guerra com violência maciça, principalmente contra mulheres“.

A pessoa pode não concordar com os discursos deles, mas reproduzir essas ‘piadinhas’ é colocar mais uma moeda pra alimentar um sistema cujo o resultado vimos nos Estados Unidos“, completou.

Hikari ainda ressaltou: “Seis mulheres [de ascendência] asiáticas mortas a tiros por um cara branco. Se hoje essa conta está começando a bater na porta é porque as pessoas não se questionam e acham esses discursos inofensivos“.

A famosa relembrou um caso que aconteceu com ela no ano passado, antes do caos na pandemia, durante uma festa de pré-Carnaval em São Paulo, quando foi atacada por um homem:

Estava curtindo e um cara chegou mexendo comigo. ‘Sai com esse coronavírus daqui’, falou. Me reduziu a um vírus. Fez uma associação esdrúxula de uma doença com um grupo étnico e falou o que quis“, contou.

Felizmente, para pessoas amarelas no Brasil a violência não se apresenta na mesma intensidade do que para as pessoas negras, cujo racismo deriva na forma de genocídio. Temos de reverenciar pessoas negras que vieram antes. Bebi muito de teóricas como a [norte-americana] Bell Hooks e [a brasileira] Winnie Bueno”, completou Ana.

Para quem não lembra, no último dia 16, oito pessoas – seis delas imigrantes asiáticas ou norte-americanas de ascendência asiática – foram vítimas de um atirador em Atlanta, nos Estados Unidos. Robert Aaron Long, um homem branco, de 21 anos, foi preso e indiciado pelos crimes.

O capitão Jay Baker, do Gabinete do Xerife do Condado de Cherokee, disse que o atirador estava tendo “um dia ruim”, o que rendeu manifestações no país e no mundo com o movimento #StopAsianHate (pare com o ódio contra asiáticos em tradução).

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