Ana Paula Henkel se manifesta e diz que Casagrande tentou “assassinar” sua reputação

Ana Paula Henkel

Ana Paula Henkel conseguiu vitória em processo contra a Globo e Casagrande (Imagem: Divulgação / Jovem Pan)

A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel decidiu abrir o jogo sobre a atitude da Justiça em conceder direito de resposta a ela no processo contra o comentarista Walter Casagrande Jr. e a Globo. Em nota publicada na Revista Oeste, a comentarista classificou a publicação de Casão como “tentativa torpe de assassinar sua reputação”.

A polêmica teve início em fevereiro, quando o comentarista publicou um texto dizendo que a ex-atleta era “defensora dos violentos, dos antidemocráticos, das armas e de tudo que é ruim em nossa sociedade”.

“Participo do debate público já há bastante tempo e jamais me neguei a dialogar com meus interlocutores, sempre com respeito e fundamentadamente”, escreveu a ex-jogadora.

Ana Paula Henkel acrescentou ainda que a decisão da Justiça deixa “claro que o debate democrático jamais pode servir de instrumento à propagação de ofensas”.

De acordo com informações do UOL, depois de um recurso negado, a ex-jogadora de vôlei teve o seu pedido acolhido pelo juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo. A Globo, porém, pode recorrer da decisão.

Em nova decisão, o magistrado ordenou que o GE.com republique ou atualize a resposta da ex-jogadora, já veiculada pelo site, seguindo os mesmos critérios da coluna de Casagrande, incluindo o mesmo espaço, dia da semana e horário.

“O local de publicação da resposta não é o mesmo, a ele não foi dado o mesmo destaque, publicidade e dimensão, não tendo sido transmitida no mesmo espaço reservado à matéria ofensora, nem no mesmo dia da divulgação, do que decorre que não existiu resposta, nos termos do artigo 4º, §3º, da Lei em referência”, declarou Rosin.

Por fim, o juiz ressaltou que Casagrande excedeu em sua crítica e foi danoso à imagem de Henkel. “Dizer que um texto é crítico e, por isso, não é ofensivo é verdadeiro non sequitur (falta de confusão lógica). Um texto pode ser crítico sem ser ofensivo, assim como ser crítico e ofensivo, e as ofensas aqui são um fato processualmente incontroverso como afirmado”, apontou.

Da Redação
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