Ana Paula Padrão causou polêmica em uma postagem sobre política nas redes sociais. O bom e velho assunto que tem gerado muita confusão, também trouxe alguma dor de cabeça à apresentadora do “MasterChef Brasil”.
Ocorre que Ana Paula foi repórter de política por muitos anos, enquanto atuava como jornalista. Nesse período, Padrão acompanhou os meandros da esfera política na capital do Brasil e, claro, ficou ciente de como o país é administrado. Com essa lucidez, a apresentadora da Band publicou um texto em seu Instagram sobre o atual momento político que o Brasil vive.
“Tenho muita compaixão pelo meu país. Cobri por muitos anos os ministérios em Brasília. Acompanhei as medidas econômicas que, em teoria, eram tomadas para melhorar a vida do cidadão pagador de impostos como você, eu e todos nós – e continuamos permanentemente onerados por benefícios que não recebemos. Cobri as iniciativas de vários plantonistas no Palácio do Planalto e das autoridades econômicas. Ouvi centenas de vezes a expressão “benefícios macroeconômicos” para justificar decisões que, na nossa microrealidade, foram um desastre imediato com a promessa do paraíso futuro. E o paraíso não chegou nunca”, disse.
“A verdade é que a política é feita para os políticos e não para os que os elegeram. Isso tem a ver com nossa nefasta herança cultural, nossa legislação eleitoral toda torta e muita ganância individual. Fui a presídios que formam mais bandidos, periferias que são cada vez mais empurradas para fora do mapa produtivo, conversei com milhares de mulheres que não conseguem ter as mesmas oportunidades que homens com a mesma formação e que, na vida cotidiana, carregam as grandes responsabilidades sociais como a formação das crianças e o sustento de pelo menos metade dos domicílios brasileiros”, continuou.
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“Fiz dezenas de reportagens com negros completamente excluídos da cena social e fui a um sem número de escolas que não cumprem nem o patamar mínimo de transmissão de conhecimento aos alunos nem o respeito básico aos professores. Vi gente morrendo de bala perdida. Vi gente morrendo nas filas de hospitais públicos.. Vi pessoas morrendo em assaltos. Vi pessoas morrendo pro tráfico. Tenho muita compaixão pelo meu país e plena consciência de que os caminhos fáceis são os mais difíceis. É minha consciência – essa muito individual – que me guia e a única a quem devo satisfações. Ela me diz, agora, que estou tranquila com minhas escolhas. Não me senti representada por nenhum dos candidatos para, como jornalista de formação e pessoa pública por força do ofício, entrar numa campanha radicalizada, polarizada e inteiramente desconectada de propostas concretas e do planejamento para implementa-las, inclusive e principalmente propostas para o combate efetivo à corrupção!”, completou.
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