Após prestar depoimento na 33ª Delegacia de Polícia de Realengo, no Rio de Janeiro, o cantor Anderson Leonardo falou sem rodeios sobre a acusação de estupro de Maycon Douglas Pinto de Nascimento Adão, conhecido como MC Maylon. O cantor negou o estupro e admitiu um relacionamento com o dançarino.
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Em entrevista para o jornalista Betoh Cascardo no Instagram, o vocalista do grupo Molejo afirmou que viveu um romance com o rapaz que o denunciou. “Ele foi fazendo o popular ‘comendo pelas beiradas’. Quem estava muito conivente com ele era a senhora Jupira, a mãe dele”, alegou.
Anderson Leonardo marcou uma reunião no estúdio entre ele, Maylon, Jupira e o padrasto. “Nós falamos sobre música. Eu falei: ‘Irmão, independente de qualquer coisa. Você tem alguma música para eu ouvir?’. Ele mostrou uma música até bem produzida. Falei: ‘Você canta bem. Mas eu queria ver você cantar ao vivo'”, relatou.
Daí em diante, a aproximação: o artista afirmou que o jovem passou a frequentar os shows do Molejo e, após o quarto show, colocou MC Maylon para cantar pagode. “Minha cara ficou de todas as cores de vergonha quando ele começou a cantar. Ele cantava pessimamente mal”, disparou.
“Eu tinha terminado um relacionamento e o menino faz uma tatuagem para você? O cara está ali te encantando. Quando começa a te encantar, você não vê cara, bolso, nada. Você só vê uma pessoa. O que acontece? Aconteceu. Entendeu?”, explicou ao jornalista.
Anderson Leonardo admitiu a relação sexual. “Foi uma vez. Mas nessa vez que aconteceu, eu falei: ‘Vou tirar essa dúvida logo. Se for bom…’. Vou casar com ele, faz de mim o que quiser. Quer falar que sou gay? [Pode falar] Sou gay, bi, tri, hepta… Não estou nem aí. Como diz a música: ‘eu quero amor, não quero cilada'”, citou.
No boletim de ocorrência, Maylon disse que sofreu sangramento após o ato e usou como prova “uma cueca suja com sangue e esperma”, do artista, que se defendeu na entrevista:
“Sexo anal não é para qualquer um. O que eu fiz? [Usei] Gelzinho. Fui com jeitinho, preparando e vendo se está tudo certo para depois chegar na penetração. Sou um cara de 48 anos. Não vou saber fazer sexo anal? Desculpa a expressão, sei chegar no botequim e botar uma cerveja”.
“Estupro é uma coisa muito séria. E ele não desmaiou. Primeiro, ele ejaculou. Falei: ‘posso ir?’. Quando fui, ficamos um do lado do outro e conversamos. Não teve sangramento, não teve nada. Que gota de sangue?”, questionou. “Comi? Comi. Mas comi consensualmente. Não estuprei”, disse.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].