André Rizek falou como Maradona se tornou um dos seus maiores ídolos. Em sua rede social, o apresentador do SporTV contou que o carinho pelo ex-jogador argentino começou na infância após ter sido diagnosticado com meningite, aos 11 anos.
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Com a doença, o marido de Andréia Sadi ficou dias na cama, em repouso, e com a televisão como o seu principal brinquedo. Tal situação permitiu que ele acompanhasse o astro da bola em ação.
“Eu tinha 11 anos em 1986, quando fui acometido por uma grave meningite. Já curtia futebol, ia ao estádio toda semana com meu pai e sabia de cor a escalação de vários times. Já tinha chorado em 1982. Passei aquele Mundial do México sem sair da cama, doente, cada dia pior”, recordou.
“Mas naquele sofrimento – algo que uma criança nunca esquece -, descobri que as histórias que meu pai e querido avô contavam sobre Pelé e Garrincha eram possíveis, eram reais”, emocionou. “Existia gente assim no mundo! Seres humanos com superpoderes com a bola nos pés”, definiu André.
“Gente que fazia chover [no campo]. Gente capaz de driblar um time inteiro, um ilusionista de carne, osso e chuteira preta”, resumiu. “Ali, na horizontal, ardendo de febre, vi Maradona fazer coisas que, no meu imaginário, só eram possíveis em desenho de super-heróis. Maradona foi um jogador super-herói. Um gênio, terrivelmente humano, cheio de defeitos, inimigo de si mesmo”, lamentou.
Segundo o jornalista, a história sobre a lenda Maradona será contada em larga escala a partir de agora: “Mas, agora, já não importa o que ele fez consigo próprio. Importa o que fez e seguirá fazendo com milhares de pessoas, como aquele Rizequinho que não se levantava da cama. Como o pequeno Messi que, um dia, em Rosário, sonhou em vestir a mesma camisa dele”.
“De geração em geração, em qualquer lugar desse mundo, sua lenda será contada, aumentada. Não há exageros suficientes para descrever Maradona. Descanse em paz, Dios. E obrigado por tudo”, finalizou.
Diego Armando Maradona morreu na última quarta-feira (25), após um mal súbito em sua casa, em Tigre, em Buenos Aires. Ele estava se recuperando de uma cirurgia realizada na cabeça há duas semanas. Em outubro, ele tinha completado 60 anos.
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Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].