Angélica Ramos diz que entrou em No Limite pela representatividade da mulher preta

No Limite

Angélica Ramos diz que entrou em No Limite pela representatividade da mulher preta (Imagem: Reprodução / Globoplay)

Angélica Ramos teve uma participação marcante no BBB 15 e por isso foi chamada para entrar na quinta edição do No Limite, pela tribo Calango, e saiu como a segunda eliminada. Mesmo assim, marcou seu nome e afirmou que sua presença ali serviu para ampliar a representatividade da mulher preta.

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A ex-BBB explicou isso melhor em entrevista à revista Máxima, se colocando como uma figura que pode causar identificação em outras mulheres que se sentem deslocadas:

Quando eu fui para o ‘No Limite’ eu fui mesmo com a intenção de me reapresentar, de repente me tornar uma referência, me tornando uma mulher com voz mais potente que inspira as pessoas as quais eu represento, como mulheres pretas, mulheres que tenham filhos de relacionamentos diferentes, mulheres que tem um histórico de vida em que foram pai e mãe ao mesmo tempo”.

Outro ponto falado com orgulho por Angélica foi essa era digital, do acesso livre e razoavelmente popular das redes sociais, que dá espaço a mais pessoas terem voz ativa:

Sou feliz por viver numa época especial, em que podemos aproveitar o potencial da internet para se comunicar, passando a minha mensagem para um grande números de pessoas, de diferentes lugares, de uma vez só. E isso é incrível, porque acho que precisamos falar um pouco mais sobre assuntos que por muito tempo foram colocados embaixo do tapete”.

A paulista, que hoje mora na Bélgica foi bem enfática ao defender a luta antirracista: “Isso é muito importante, apesar de ser desconfortável e arriscado falar sobre. Mas a ‘branquitude’, e não falo isso de maneira ofensiva, se sustenta quando evitamos o conflito racial e nos calamos em relação a atitudes racistas”.

A famosa balanceou a própria autoestima com o fato de estar com certa visibilidade, mas sem esquecer suas origens e seu passado de bastante luta, usado como trampolim para essa luta incessante:

Eu não esqueci quem eu sou, da onde eu vim, o que eu conquistei, o tanto que eu batalhei para ter um pouquinho de voz hoje. Fui criada por uma mulher muito poderosa e isso me empoderou também. E isso fez com que mesmo numa infância/adolescência com pouca representatividade, que mantivesse sempre comigo essa questão feminina muito forte, essa resiliência, essa autoestima, nossa, lá no céu”.

Por fim, Angélica Ramos deu uma verdadeira aula sobre autoaceitação e propagou o desejo de todas as mulheres negras tenham essa consciência de amar a própria cor e imagem:

“Eu falo que sou bonita todos os dias e acho muito importante esse abastecimento pessoal do quão maravilhosa, o quão inteligente, cheirosa eu sou. A mulher preta é linda e esse amor-próprio, respeito e empoderamento devem ser exaltados (…) Então me sinto na posição de representar esse povo que me acolhe, me respeita e faz essa troca de carinho, respeito, doloridade, sonoridade e empatia comigo”.

Da Redação
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