Em tempos de eleições federais e estaduais, a quantidade de “fake news” aumenta assustadoramente. Anitta foi alvo de algumas delas, em que estaria escondendo ter HIV, que sacrificaria crianças e até uma campanha a favor das drogas com o ex-presidente Lula.
VEJA ESSA
Primeiramente, começaram a surgir vídeos íntimos atribuídos à cantora, mas o portal Boatos.Org deixou claro que um deles era apenas deep fake, ferramenta em que se inserem rostos falsos em cima dos reais. As outras imagens, apenas de mulheres parecidas com a famosa.
Lula é associado à cantora em polêmica sobre as drogas
Outro vídeo mostrou cenas que davam a entender que crianças estavam cheirando cocaína numa sala de aula. A legenda colocava tudo na culpa do candidato petista à presidência:
“Este é o projeto de Lula para as crianças da tua família. E você vai permitir que Lula faça isso contra as crianças?”.
Anitta entrou nessa história já que uniram a teoria a um trecho antigo, em que ela pede a liberação da maconha. O texto ilustrativo da publicação faz acusações graves:
“Anita pede o apoio de Lula para a legalização (venda) aberta e descarada de drogas. As crianças serão presa fáceis desta medida maligna. Abra o olho raciocine e reaja Brasil”.
O portal citado acima foi mostrado no Alerta Nacional, telejornal diário da RedeTV!, mas se trata de crianças cheirando sal. Apesar do teor problemático, não foi visto qualquer indício que a intérprete de Girl From Rio foi responsável ou propagou tal prática.
Vale citar que o vídeo é de 2020, na época da gestão de Jair Bolsonaro como presidente, portanto o Lula não estava no poder e nem apresentou projetos de liberação de drogas em escolas.
Anitta é ligada a HIV e culto satânico em boato bizarro
Um terceiro boato propagou que Anitta está com HIV, sem tratamento, e que mentiu sobre a internação pela endometriose, que na verdade seria por causa do vírus.
Além de tudo, a artista foi acusada de sacrificar cerca de 40 mil crianças por ano numa seita satânica e que abandonou o tratamento para infectar homens desavisados.
Até mesmo as origens de Anitta no candomblé foram citadas de forma pejorativa, ligadas ao nome do falecido Cazuza, que morreu com AIDS em 1990, época em que pouco se sabia da síndrome. Referências à Maçonaria e pacto com o Diabo pela fama foram citados.
Assim como as outras notícias falsas, não há qualquer prova que a cantora contraiu o vírus da imunodeficiência humana; assim como qualquer indício de crianças desaparecidas — cerca de 1 milhão nos 25 últimos anos — por causa da carioca.
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