Anitta decidiu tirar sarro da decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou que o Lollapalooza barre manifestações eleitorais por parte dos músicos nos shows.
VEJA ESSA
Em post no Twitter, a cantora disparou: “50 mil? Poxa… menos uma bolsa. FORA BOLSONAROOOOO. Essa lei vale fora do país? Porque meus festivais são só internacionais”. Ela fez referência à decisão do ministro, que acolheu um pedido do PL, o partido do presidente Jair Bolsonaro.
A legenda acionou o TSE após manifestações dos artistas Pabllo Vittar e Marina no palco do evento, na sexta-feira (25), a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Araújo ainda estipulou multa de R$ 50 mil para o festival de música para cada vez que a determinação for desobedecida.
Mais tarde, a cantora voltou a abordar o assunto em outra rede social. “Não existe isso de proibir um artista de se expressar publicamente a infelicidade dele diante do governo”, disse. “Cada um vota em quem quer. Porém, proibir a gente de expressar a nossa insatisfação com o governo é censura […]. E eu vou lutar com todas as minhas armas”, comentou.
Cabe ressaltar, porém, que a multa é imposta à organização do festival, e não aos artistas que se posicionarem politicamente. Em seu perfil no Instagram, Anitta disse que pagaria a multa de quem quisesse se manifestar.
É PO-DE-RO-SA QUE FALA??? @Anitta sobre decisão do TSE: “Briga aí meus amigos que quiserem se manifestar, eu pago a multa de vocês”.
(? Instagram) pic.twitter.com/bUA4U6tEJf
— RD1 – Rede de Famosos e TV (@rd1oficial) March 27, 2022
50 mil? Poxa… menos uma bolsa. FORA BOLSONAROOOOO. Essa lei vale fora do país? Pq meus festivais são só internacionais. ??♀️
— Anitta (@Anitta) March 27, 2022
Atitude drástica contra Pabllo Vittar
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciou sobre a atitude de Pabllo Vittar durante a apresentação no Lollapalooza. De acordo com informações da Folha, o ministro Raul Araújo classificou o ato como propaganda eleitoral e determinou uma multa de R$ 50 mil para a organização do evento, caso aconteça outras manifestações políticas.
Além disso, os advogados do partido solicitaram a condenação do festival por propaganda eleitoral antecipada, mas o mesmo não foi acatado.
“De uma apreciação das fotografias e vídeos colacionados aos autos, percebe-se que os artistas mencionados na inicial fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato ao cargo de presidente da República, em detrimento de outro possível candidato, em flagrante desconformidade com o disposto na legislação eleitoral, que veda, nessa época, propaganda de cunho político-partidária em referência ao pleito que se avizinha”, disse o ministro.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]