A Record foi a única emissora de TV que não comentou uma vírgula sobre o encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (sem partido), além de 10 presidentes de partidos políticos. O silêncio não foi o mesmo visto nos telejornais de Globo, SBT e Band.
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O evento contou com cerca de 500 pessoas, todos de máscara, e cada uma pagou R$ 500 reais na entrada. Globo, SBT e Band dissertaram sobre o assunto em seus telejornais.
Cada uma com pouco mais de dois minutos de reportagem. Foi a grande notícia sobre o mundo político dos últimos 21 dias.
O encontro entre políticos, advogados e nomes da imprensa aconteceu no A Figueira, restaurante conhecido dos Jardins, em São Paulo. O grande momento foi o abraço e aperto de mão entre os políticos e possíveis aliados de olho na eleição de 2022.
Record bolsonarista e anti-Lula
Sem qualquer negativa, a Record de longe se mostrou a TV mais simpática ao atual governo. Em outubro, ela exibiu uma série de reportagens ligando o líder da esquerda com as Farc, antigo grupo guerrilheiro da Colômbia.
O Jornal da Record exibiu uma reportagem sobre uma denúncia feita pela jornalista espanhola Cristina Seguí. De acordo com ela, ela, “o narcotráfico patrocinou partidos de esquerda na Europa e na América do Sul”.
A TV paulista relatou:“Para receber e repassar dinheiro do narcotráfico para os regimes comunistas, foi criado um centro de estudos políticos e sociais em Valência, na Espanha”.
A jornalista da Espanha complementou: “Em teoria, faturava por supostos trabalhos de investigação e de assessoria aos regimes da América Ibérica. Também Dilma Rousseff e Lula faturaram esse dinheiro”.
No final do mesmo mês, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mobilizou uma equipe de reportagem de uma emissora da Itália. Ele falou sobre a suposta ligação do rival político com o grupo. Em nenhum momento o presidente apresentou provas das suas acusações.
