Aos 91 anos, Laura Cardoso “causa” em ensaio, detona ditadura e celebra o amor

Laura Cardoso
Laura Cardoso posa descolada aos 91 anos. (Imagem: Reprodução / Revista Quem)

Sempre moderna e descolada, a atriz Laura Cardoso deu um show durante um ensaio fotográfico com a “Revista Quem”. “Às vezes acho que tenho 20 anos!“, disse a atriz enquanto tirava as fotos, destaques de uma matéria em que falou sobre a vida, repressão e homossexualidade.

Aos 91 anos, a atriz mora em um apartamento na zona oeste de São Paulo com suas duas filhas: Fernanda, de 55 anos, e Fátima, de 61. Ela disse que é responsável por controlar sua rotina, horários e alimentação, além de confessar que é viciada por chocolates!

Sobre as dificuldades para chegar onde está hoje, Laura comentou: “Minha mãe foi contra quando falei que queria ser atriz, mas era normal há 70 anos. Era uma questão cultural das pessoas. Se você dizia, ‘sou uma atriz, trabalho no teatro ou rádio’, não pegava bem. A atriz era uma mulher não bem vista naquele tempo. Falavam que a atriz era puta e o ator cafajeste. Eu enfrentei esse preconceito. Seria bobagem dizer que não”.

Nunca pensei em desistir da minha carreira, nem mesmo quando o meu marido morreu”, revelou em referência a Fernando Baleroni, falecido em 1980. “Mas na Ditadura Militar, tinha medo de trabalhar. Estava no teatro naquela época e não sabia o que podia falar, o que ia acontecer. Ditadura nunca mais! Falta de liberdade é a pior coisa que tem. Quem fala que tem saudade não sabe o que está falando”, cutucou.

Quando o assunto foi beleza e vaidade, ela foi curta e objetiva: “Faço sempre limpeza de pele e uso creminhos. Mas botox e plástica nunca fiz! Tinha gente que falava: ‘por que você não faz uma plástica?’. Eu amo a minha cara, minhas rugas, não sou perfeita e bonitinha. Nunca quis ser bonitinha. Sempre quis ser a melhor no meu trabalho”, argumentou. Ao falar sobre sonhos, ela disse que sempre sonhou em ser a melhor e que tudo se resume ao trabalho.

Laura Cardoso também se manifestou a respeito do amor entre pessoas do mesmo sexo: “Se vejo dois homens juntos se amando, ou duas mulheres, acho normal. Cada um é um mundo e pode fazer desse mundo o que quiser. Ninguém tem o direito de te censurar. Eu, hein?! O importante é buscar sua felicidade e dormir com quem você quiser. […] Eu acho lindo ver dois homens de mãos dadas na rua. Por que estragar isso? Sempre fui assim, sem preconceito algum”.

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