O departamento de dramaturgia do SBT sempre viveu altos e baixos. Agora, semanas após a demissão de todo o elenco escalado para Poliana Moça – continuação de As Aventuras de Poliana –, notícias dão conta de uma possível retomada, entre o primeiro e o segundo semestre de 2021. A informação é do jornalista Flávio Ricco.
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A aposta em novelas, desta vez, não ficaria restrita ao público infanto-juvenil, como vem ocorrendo desde 2012. Esta, aliás, é uma reivindicação antiga dos profissionais envolvidos e do público; sempre vetada, porém, por conta da visão dos executivos do alto escalão acerca das produções para crianças e adolescentes, “fonte inesgotável” de temas e verbas.
Caso a pandemia permita, o SBT deve remontar o departamento de dramaturgia entre junho e julho de 2021. Não se sabe, porém, se o regresso vai se dar com Poliana Moça, desenvolvida por Íris Abravanel, esposa de Silvio Santos, e equipe. Conforme informações preliminares, o enredo flerta com o público mais jovem.
A estação da Anhanguera dedica espaço à dramaturgia desde os anos 1980. Tentativas de sofisticar os textos, quase todos importados do México, foram frustradas: Jogo do Amor (1985), Cortina de Vidro (1989) e Brasileiras e Brasileiros (1990) como exemplos. Em meados da década de 1990, Nilton Travesso assumiu o setor, que viveu seu auge com remakes de clássicos como Éramos Seis (1994).
Um novo momento da área se deu após acordo com a Televisa, para adaptação de novelas mexicanas como Pícara Sonhadora (2001) e Esmeralda (2004). Em 2010, Tiago Santiago deixou a Record para assinar Uma Rosa com Amor (2010) e Amor e Revolução (2011); neste período, Íris já respondia por tramas adultas. A migração para o gênero infanto-juvenil se deu em 2012, com Carrossel.
