Após entrevista ao “Pânico”, Globo emite carta sobre Glenn Greenwald

Glenn Greenwald

Glenn Greenwald deu entrevista ao “Pânico” (Imagem: Reprodução / Jovem Pan FM)

O jornalista Glenn Greenwald esteve, na semana passada, na rádio Jovem Pan FM dando uma entrevista ao programa “Pânico”. Glenn falou sobre como a Globo atuou mediante o material que o site The Intercept tem em mãos sobre as conversas do ministro Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol.

Após a entrevista em que Glenn acusou a Globo de ser parceira da força-tarefa da Lava-Jato, a emissora se manifestou sobre as acusações. “A Globo e a força-tarefa da Lava Jato são parceiras. E os documentos mostram isso, né? Não é só eu que estou falando isso por causa da Globo. Os documentos mostram como Moro e Deltan estão trabalhando juntos com a Globo e nós vamos reportar, então eu sei disso já e a reportagem está mostrando”, afirmou Glenn.

Ali Kamel, diretor-geral de jornalismo da Globo, não ficou calado. “Glenn Greenwald procurou a Globo por e-mail no último dia 29 de maio para propor uma nova parceria de trabalho”, começou.

“Uma parceria que mereceu elogios dele pela forma como foi conduzido o trabalho. Greenwald ficou ainda mais agradecido por um gesto da Globo. Nas reportagens que a emissora divulgou, em algumas frações de segundo era possível ver nomes de funcionários da agência americana, que não trabalhavam em campo, mas em escritório. Mesmo assim, tal exposição poderia levá-lo a responder a um processo em seu país natal, os Estados Unidos. A Globo, então, assumiu sozinha a culpa, declarando que, durante a realização da reportagem, Greenwald se preocupava sobremaneira com a segurança de seus compatriotas. Tal atitude o livrou de qualquer risco”, completou.

Kamel questionou a veracidade de Glenn Greenwald e afirmou que o gringo mente. “Glenn Greenwald mente quando diz que há seis meses ouviu de mim que João Roberto Marinho proibiu qualquer pessoa de trabalhar com ele. Não vejo Glenn Greenwald desde 2013. A mentira se desfaz por si: se fosse verdade que ele ouviu tal absurdo do próprio diretor de jornalismo da Globo, o que o faria procurar o “Fantástico” semana passada com nova proposta de trabalho?”, questionou.

“Tampouco se sustenta o motivo sobre o veto que nunca existiu. Se o motivo foi o artigo que o marido de Glenn, David Miranda, publicou no Guardian, como se explica que o próprio David tenha participado de programa de entrevista na GloboNews, por mim dirigida? Por fim, Glenn também mente quando diz que perguntou há uma semana se a Globo tem algo contra ele e não ouviu resposta. Por três vezes, ele ouviu do jornalista que o atendeu, na redação do Fantástico, que a Globo nada tinha contra ele. E justificou: se tivesse problema, eu o receberia em plena redação? Repito: Glenn exigiu que a Globo se comprometesse, de maneira irrevogável, a publicar a tal bomba sem que o assunto fosse revelado a ela antes. A isso se chama cheque em branco. A Globo não dá cheque em branco a ninguém, especialmente a Glenn Greenwald”, finalizou.

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Da Redação
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