Após Jovem Pan e Record, editora rompe com Rodrigo Constantino; Gazeta do Povo mantém

Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino é demitido de rádio, TV, mas permanece em jornal (Imagem: Reprodução / YouTube)

Após a Jovem Pan e a Record terem demitido Rodrigo Constantino após suas opiniões sobre o caso Mariana Ferrer, o jornalista foi dispensado pelo Grupo Editorial Record. Foi mais um anúncio envolvendo a demissão do jornalista 72 horas após o início da polêmica.

“O Grupo Editorial Record comunica que, em comum acordo com o autor, acertou a rescisão dos contratos com Rodrigo Constantino”, afirmou a editora em nota divulgada no Instagram. A Record, por sua vez, destacou que o motivo da demissão foi pelas “posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher”.

Além das três empresas, Constantino foi desligado da Rádio Guaíba e do Correio do Povo. O jornal Gazeta do Povo anunciou a demissão, mas logo depois voltou atrás na decisão. O Grupo Paranaense de Comunicação defendeu o funcionário, mas deixou em aberta a demissão caso a postura se repita.

“Rodrigo Constantino explica de forma mais clara e objetiva o que quis e o que não quis dizer. Isso não nos impede de considerar que suas manifestações iniciais foram inoportunas e infelizes, intempestivas e formuladas com imprecisão, dando margem a dúvidas que precisaram ser esclarecidas. É compreensível, portanto, parte do desconforto e constrangimento que despertou em muitas pessoas”, declarou a diretoria.

Para o jornal, Rodrigo Constantino ficou dentro do limite ético: “Ainda que não concordemos com a forma de muitos dos seus posicionamentos e com muitas das suas opiniões, continuamos acreditando na importância da diversidade de ideias e na importância do diálogo para a construção de uma sociedade melhor e de uma democracia cada vez mais madura, razão pela qual, após várias ponderações e análises, decidimos pela manutenção [de Rodrigo] em nosso quadro de colunistas”.

Os outros funcionários da Gazeta do Povo, no entanto, discordaram da posição dos seus superiores e soltaram um manifesto interno. “Gostaríamos, assim, de mais transparência da direção em relação ao tema e seus possíveis desdobramentos. O colunista da Gazeta do Povo, em seu texto, culpa vítimas pela violência sofrida. Não existe ‘assumir o risco de ser estuprada’. É mais uma situação de opressão em cima da mulher, que não considera avanços de entendimento da sociedade de que estupro não é apenas o ato sexual imposto de forma violenta, mas também o que passa por cima do consentimento”, alegaram.

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O Grupo Editorial Record comunica que, em comum acordo com o autor, acertou a rescisão dos contratos com Rodrigo Constantino.

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