Adriana Araújo compartilhou um vídeo no Instagram na última terça-feira (23), e fez o que a Record não permitiu: uma despedida aos telespectadores, que por quase dez anos acompanharam a jornalista na bancada do JR. No desabafo, ela não definiu a mudança como rebaixamento, mas falou em “perrengue” e “discordância”.
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“Despedidas são importantes pra gente fechar um ciclo bem e começar outro com boa energia, né? E estou passando aqui pra isso. Hoje eu estive na redação do Jornal da Record para me despedir dos amigos, da equipe que segue trabalhando lá… Foi bem importante para mim e eu resolvi falar com vocês aqui também”, começou a futura apresentadora do Repórter Record Investigação.
“O que eu posso fazer de mais respeitoso é passar aqui e dizer que eu sinto uma conexão real, um carinho muito grande. Me senti abraçada por todos os que me enviaram mensagens”, disse a ex-global.
De olho nos comentários sobre a sua saída inesperada, Adriana lembrou que já passou por situações semelhantes em outro canal. “…Gente que diz ‘foi tirada’, ‘foi rebaixada’, e eu de verdade não enxergo assim. Isso já aconteceu várias vezes na minha trajetória na TV. Em 2002, quando eu saí de Belo Horizonte, eu era repórter do Jornal Nacional e me tornei repórter do Jornal Hoje, em Brasília. Eu não teria sido apresentadora do JR se eu não tivesse sido repórter do JH. Em 2009, quando a Ana Paula Padrão chegou no JR, de novo eu me vi nessa situação das pessoas acharem que era um rebaixamento”, explicou.
“E claro, a gente sente o final de um ciclo como eu estou sentindo agora”, ressaltou, mas garantiu que “nunca vai achar que ser repórter é rebaixamento”. “Para mim essa é a essência da profissão de jornalista. É o fim de um ciclo e o começo de um novo caminho”, apontou.
A contratada da Record não fugiu de um comentário sobre o que foi visto como o principal motivo pela sua retirada da bancada do JR: a discordância pelo caminho seguido pelo jornalismo da emissora, pró-Bolsonaro e sem uma linha editorial mais incisiva sobre as decisões do governo sobre a pandemia do novo coronavírus.
“Não tem trabalho sem perrengue, não tem trabalho sem desafio, sem discordância. Uma discordância momentânea não pode representar um… Não pode apagar o brilho de tanta coisa boa que eu vivi e construí ali. Eu sou muito grata por todas as oportunidades que o Jornal da Record me trouxe”, declarou.
Confira:
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].