Usando um celular para gravar o momento, o político foi até Vera e repetiu algumas falas do presidente da República. “Não tenho medo de homem que ameaça e intimida mulher”, escreveu a jornalista no Twitter.
Nessa publicação, ela revelou que precisou sair escoltada por seguranças do Memorial da América Latina, local onde aconteceu o debate. “Um país que condescendendo com esse tipo de ameaça à imprensa não é uma democracia plena. Basta!”, acrescentou.
https://twitter.com/veramagalhaes/status/1569888729405292545
https://twitter.com/veramagalhaes/status/1569891035215544321
Vera Magalhães exibe vídeo com momento em que foi atacada pelo deputado bolsonarista
Aproveitando que estava publicando relatos do que aconteceu no local, a profissional exibiu os vídeos gravados. “Este senhor é deputado estadual bolsonarista em São Paulo. Se chama Douglas Garcia. Veio me xingar, me agredir, enquanto eu estava sentada no debate. É assim que essas pessoas tratam a imprensa”, pontuou.
Um segurança chegou para tentar intervir a confusão, mas Douglas Garcia continuou repetindo os ataques contra Vera Magalhães. Foi quando o diretor de Jornalismo da TV Cultura, Leão Serva, resolveu pegar o celular do político e arremessar longe.
O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoiado por Jair Bolsonaro, fez uma publicação repudiando o ataque do deputado estadual.
“Lamento profundamente e repudio veementemente a agressão sofrida pela jornalista Vera Magalhães enquanto exercia sua função de jornalista durante o debate de hoje. Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa”, escreveu.
Em 2020, Douglas Garcia também já tinha se juntado ao deputado estadual paulista Gil Diniz para uma acusação contra Vera Magalhães. Eles alegaram, no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, que ela estaria recebendo R$ 500 mil por ano para atacar Bolsonaro. O que é mentira.