Apresentadora da TV Aparecida, Maria Cândida usou o seu perfil no Instagram para se manifestar após as denúncias de abuso sexual contra o médium João de Deus.
“Quem não acreditou? Repudio total! Esse texto nada tem a ver com julgamento e chamar o outro disso ou daquilo… De ficar apontando o dedo e pedir olho por olho… Não acredito em posturas justiceiras”, começou Maria, que se mostrou horrorizada com as denúncias de várias mulheres.
“Não posso me omitir. Estou horrorizada, chocada, solidária a todas as vítimas que sofreram (suposto/até que haja julgamento) abuso sexual na sala particular de João de Deus. Mais de 200 mulheres já se manifestaram”, continuou ela, que revelou já ter visitado o local onde João de Deus trabalha.
“Eu estive lá, fui recebida na sala ao lado, porque queria conhecê-lo pessoalmente. Fui duas vezes: em 2014, sozinha, e em 2015, como mostra a foto ao lado com a minha amiga Chris e a minha mãe Miriam. Sempre bem tratada por todos os colaboradores e por ele, que tirou a foto de Jesus que estava em um porta-retrato na sua sala e me deu. Mentira? Não tenho a mínima ideia. Naquele momento me pareceu real. As mulheres que se dizem vítimas também achavam que era real até o primeiro abuso e o medo”, declarou a apresentadora.
“Nenhuma dúvida que usar qualquer tipo de poder para abusar de pessoas é indiscutivelmente terrível, triste, devastador e violento na alma”, enfatizou ela, que teme pela cidade de Abadiânia. Com apenas 17 mil moradores, Abadiânia tem economia baseada no trabalho do médium.
“Abadiânia é como se fosse uma cidade hospital, tudo funciona por causa de João de Deus. Lá comprei roupa branca, fiz massagem para melhorar o estresse, comida só natural, enfim, é um processo de depuração. E comigo funcionou. Eu me senti mais leve como a maioria das pessoas que passa por lá. Visitei um projeto social deles e comprovei o trabalho social. O local tem muita energia boa, muita gente vibrando o bem, acreditando na cura”, afirmou Maria Cândida.
A artista ainda relembrou histórias de superação graças ao suposto médium. “Gente chegando de cadeira de rodas, de lenço na cabeça por causa da quimioterapia, pessoas fracas bambeando nas pernas. A fila é enorme até chegar a ele, que atende do primeiro ao último assistido. Como é possível querer ajudar e destruir tantas vidas ao mesmo tempo? O que supostamente levaria um homem a destruir tudo isso? Não sei. História que alguém contará no futuro. Tristeza”, finalizou.
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